

Olha, esta é daquelas tiradas inesquecíveis, que são de autor, mas não cobram direitos. A palavra “incancelável” precede, de ora em diante, Miguel Milhão. Não só precede como persegue. E nem uma coisa nem outra são naturalmente más nem preocupam. Ao próprio seguramente que não, pelo menos.
O milionário dono da Prozis ofendeu e ofendeu-se. Ofendeu porque deu opinião que não segue o cardápio aprovado pelos profissionais do cancelamento e ofendeu-se depois com a tentativa de cancelar quem, segundo o próprio, é incancelável. Ofensores e ofendidos, sejam livres de se ofenderem. O princípio da liberdade de expressão, com limites jurídicos e sociais de baias grandes, é este.
Para lá da questão dos prós e contras do aborto, sobre o qual esta crónica não versa, é o que está em causa: respeitar não a opinião do outro, mas a possibilidade de o outro ter uma opinião que inclusive nos possa ofender.
A resposta desbragada do fundador do colosso português em formato podcast é uma conversa do camandro, de sobranceria e com laivos de novo ‘milionarismo’
Os paladinos das liberdades, e da liberdade de expressão em concreto, são os mesmos que querem ou julgam poder riscar de azul o que os outros dizem ou escrevem. Querem insultar-se, insultem-se; querem deixar de trabalhar com a Prozis, deixem de trabalhar. As graves consequências para a marca originadas pela opinião do fundador e o brutal impacto do cancelamento de algumas parcerias pelos influencers é wishful thinking. Terá um impacto de tostão no Milhão.
A resposta desbragada do fundador do colosso português em formato podcast é uma conversa do camandro, de sobranceria e com laivos de novo ‘milionarismo’. Mas deixem-nos ter um pouco de Jordan Belfort nas nossas vidas. Deixem o nosso Lobo de Wall Street à solta!
As graves consequências para a marca originadas pela opinião do fundador e o brutal impacto do cancelamento de algumas parcerias pelos influencers é wishful thinking. Terá um impacto de tostão no Milhão
São palavras, senhor. São só palavras. Saio de carrinho e de cliché: “Posso não concordar com uma só palavra tua, mas defenderei até à morte o teu direito de dizê-la”. Cumprimentos ao filósofo.













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