Esta semana, o tema da seca voltou a marcar a atualidade informativa em Portugal. Segundo o IPMA, o litoral alentejano e o Algarve “estão em situação de seca extrema”. Por falar no Algarve, como estará a produção de abacate por estas alturas?

A situação é séria, o Governo pediu, inclusive, à EDP que as barragens parassem dado que o caudal dos rios deixou de ser suficiente para a produção de eletricidade.

De acordo com os ministros da agricultura e do ambiente, existe “80% de probabilidade” de termos um ano seco. Na sequência da falta de chuva, os produtores pecuários estão preocupados com a falta de pasto e temem a escassez de alimento para os seus rebanhos.

Outro assunto que marcou a semana informativa, e que também demos destaque no EuroRegião, foi o resultado da avaliação ambiental, promovida pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) do Ministério do Ambiente, que deu luz verde para a prospeção de lítio em seis de oito locais possíveis.

Com esta nota tornada pública (em tempo muito oportuno!), as empresas têm, agora, cinco anos para ver se existe “ouro branco” suficiente nestes locais para explorar. Entretanto, é preciso estar atento aos trabalhos efetuados no terreno, pois os perigos inerentes para o ambiente e para as populações estão bem patentes. Para já, a Serra da Arga e Segura ficam de fora por estarem em zonas protegidas.

Na sequência do resultado das eleições de domingo passado, o autarca de Coimbra, José Manuel Silva, fez questão de avisar o Governo (agora maioritário) que “o extremismo e o populismo combate-se com ações que respondam às necessidades e expectativas da população”. O povo sente-se defraudado pelas promessas não cumpridas e isso reflete-se no resultado das eleições: a extrema-direita continua a ganhar força. O sistema democrático não tem sido capaz de dar resposta às necessidades da população. Só não vê, quem não quer ver.

Por último, esta semana saiu mais um episódio de “A Minha Freguesia É Na Europa”, um Podcast que procura saber o que as juntas de freguesia pensam sobre fundos europeus e de que forma estes apoios da UE podem melhorar a vida dos seus fregueses.

Para além de demonstrar o trabalho que as juntas de freguesia desempenham junto das suas populações, esta série está a mostrar o quão diferente são os desafios entre as autarquias locais. Um reflexo, em modo auditivo, deste Portugal tão pequeno e tão desigual.