Sempre defendi o sistema de educação público português. Acredito, profundamente, que Portugal tem docentes qualificados e competentes para preparar os nossos jovens para uma eventual entrada no Ensino Superior, e essencialmente, para o futuro.

No entanto, considero que a Educação portuguesa está – atualmente – atrasada, velha e mal ajustada às exigências do Ensino Superior e do mercado de trabalho. Ora vejamos, um estudante da área das Ciências e Tecnologias conta com a Unidade Curricular de Filosofia que, neste momento, é lecionada durante os primeiros dois anos do Ensino Secundário. Pergunto-me, para um estudante que quer seguir áreas como Medicina, Engenharia, ou até mesmo Biologia, o que acrescenta a disciplina de Filosofia ao seu percurso? Ser-lhe-ão verdadeiramente úteis os conhecimentos que ganha com essa aprendizagem?

Acredito que o sistema educativo em Portugal deveria ser mais direcionado e ajustado aos objetivos aos estudantes e que valorize o percurso de cada aluno, não o reduzindo a um mero número. Se pensarmos bem, atualmente, é precisamente isto que ministério da Educação faz. Durante, duas horas, os estudantes estão a escrever, calcular e desenhar os seus futuros podendo a nota de um Exame Nacional derrubar todo o trabalho desenvolvido ao longo de três anos.

Na minha visão, se cada universidade ou área de estudo fizessem exame específicos, tornava a adesão ao Ensino Superior, mais fácil e dinâmica e reduziria – sem qualquer dúvida – a percentagem de desistências do ensino universitário.