ESQUERDA CRITICA FALTA DE APOIO DO GOVERNO AOS LESADOS PELOS INCÊNDIOS
O PCP e o Bloco de Esquerda apontaram várias críticas ao apoio prestado pelo Governo aos lesados dos incêndios no Algarve. Segundo estes, faltam apoios e uma política florestal.
Redação
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19 de Janeiro 2022, 12:00
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José Gusmão, cabeça de lista pelo Bloco de Esquerda ao círculo de Faro, reuniu com os bombeiros de Monchique e com a Associação dos Lesados do incêndio de Monchique 2018 para ouvir as reclamações dos lesados.

De acordo com o mesmo, foram prometidos apoios e reparações que, para a esmagadora maioria das famílias, nunca chegaram a ser concretizados. Segundo apurou José Gusmão, algumas das reivindicações foram resolvidas no âmbito da reforma da política florestal, mas grande parte das promessas continuam por cumprir.

O candidato do BE pretende ainda sugerir a criação de um subsídio de risco para os bombeiros, ainda este ano. “É incompreensível que profissionais que todos os anos arriscam a vida e a saúde a proteger o nosso território não beneficiem de um subsídio precisamente criado para compensar este tipo de atividades,” afirmou ao Jornal do Algarve.

Também o PCP, pela voz do eurodeputado João Pimenta Lopes, alertou para o facto do Governo português ainda não ter pedido qualquer ajuda financeira à União Europeia para disponibilizar apoios às populações afetadas pelo fogo de 2021, no sotavento algarvio.

Para os comunistas, não se compreende “muitos dos que perderam bens nesse incêndio estarem até hoje à espera de qualquer apoio por parte do Governo”, mas que este ainda não tenha pedido para aceder aos fundos disponíveis para cumprir “as promessas realizadas no verão passado”.

“O PCP reclama uma vez mais, não apenas uma outra política para a floresta e o mundo rural, mas também medidas imediatas de apoio a quem, designadamente no incêndio de 16 e 17 de agosto de 2021, foi vítima de mais este incêndio (…) uma situação que, dada a ausência de uma verdadeira política de prevenção dos incêndios florestais – inseparável de um maior investimento público, do apoio à promoção da atividade agrícola, de combate à desertificação dos territórios e promoção de um outro ordenamento florestal – se tem tornado numa rotina de verão nas serras algarvias”, declararam.

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