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Presidente da Assembleia da Freguesia de Paranhos
Desejos e promessas para o novo ano: a quase certeza do incumprimento…ou não?
Temos já uma boa ocasião de exercermos um Direito e um Dever: o de VOTAR! Assim, o que é que eu desejo e prometo para 2022? Desejo que cumpram este dever de cidadania. Prometo que o farei!
10 Jan 2022, 10:00

É um clássico de cada um de nós, quando se inicia um novo Ano! Entre as tradicionais afirmações solenes de mudanças, surgem à “cabeça” as dietas, a introdução de hábitos saudáveis como deixar de fumar, encontrar o Amor e até resistir e/ou ignorar o Chefe e os colegas de trabalho tóxicos no emprego. Alguns, mais idealistas, prometem contribuir para um mundo melhor…mas no sofá! Até aqui, estamos no patamar dos desejos típicos das concorrentes a Miss seja de onde for.

Depois, há outros sonhos mais particulares: ter um filho, iniciar do zero um projeto profissional próprio, mudar de emprego e de país, fazer uma caminhada longa, de reflexão, de viagem ao nosso “interior”, de introspeção. Sendo projetos mais desafiantes, são em nossa opinião, muito mais suscetíveis de serem concretizados que os anteriores!

Mas, para além da Saúde, nossa, dos Familiares e Amigos, o que verdadeiramente nos importa é a Vida, o nosso quotidiano, o nosso país, a nossa “terra”. Ficamos, pois, algo expectantes sobre os que os nossos governantes, centrais e locais, perspetivam para o país (generalizemos assim…). Colocamos nos ombros deles a responsabilidade na “tal” mudança que todos queremos ao virar o calendário. Sendo essa responsabilidade encarada como um “dever” por parte dos agentes políticos, fica a faltar a outra parte do “dever”: a dos cidadãos, a nossa!

Claro que não temos o dever de melhorar o SNS, mas temos o dever de sermos cumpridores das regras, dos horários, do respeito pelos profissionais! Também não temos o dever de criar emprego, mas temos o dever de sermos bons profissionais, darmos o nosso melhor!

Não temos o dever de melhorar o Ensino e a Educação, mas temos o dever de respeitar a Escola, os Professores

Não temos o dever de melhorar o Ensino e a Educação, mas temos o dever de respeitar a Escola, os Professores, compreender as enormes dificuldades diárias com que a maior parte se debate, para que que os nossos filhos e netos tenham a melhor formação possível!

E direitos? Temos? Claro!

Temos o direito a ter um país com uma Justiça célere e que não seja subserviente a poderes fáticos! Temos o direito a ter um país livre do nepotismo, da supremacia da incompetência em relação ao mérito, a uma informação livre, factual e verdadeira, temos o direito a poder escolher e poder decidir o melhor para as nossas vidas, temos o direito à Honra e ao bom nome. Temos também o direito a questionar, esclarecer, contestar!

Como se englobam, então, de forma correta, justa e eficaz, esta panóplia de Direitos e Deveres? Com a Democracia! Palavra e conceito provavelmente banalizados atualmente, mas que sem o seu reforço, a sua construção diária e a sem a sua vigilância, todos estes Direitos e Deveres, não passarão de uma carta de intenções bacoca e inútil! Este é um dever de cidadania, pessoal e intransmissível!

Temos já uma boa ocasião de exercermos um Direito e um Dever: o de VOTAR no próximo dia 30 de janeiro! Assim, o que é que eu desejo e prometo para 2022? Desejo, de forma muito intensa, que cumpram este dever de cidadania. Prometo que o farei!

Quando todos se RESPONSABILIZAM pelas decisões coletivas, o mundo melhora! Ou, quase sempre, não piora!

FELIZ 2022!

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