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Presidente da Assembleia da Freguesia de Paranhos
Os filhos do Putin!
Serão estes os descendentes de um Adolf, que por instrumentos de propaganda, repressão e intimidação, se têm vindo a afirmar no mundo contemporâneo e que na Rússia pós-soviética, produziram um Putin?
10 Mar 2022, 09:00

À luz da terminologia russa para definir o que se está a passar na Ucrânia, é utilizada a hipócrita expressão de “operação especial” para fundamentar o rasto de destruição e o banho de sangue que estão à vista do mundo.

De certa forma, de tenebrosa forma, diga-se, este eufemismo reporta-nos para a também expressão/conceito nazi, descrita como “solução final” que, na realidade, foi o holocausto. O extermínio de um povo.

Num século em que pensávamos serem apenas páginas negras de livros de história estas guerras de invasão, extermínio, anexação forçada e perda de liberdade e cidadania de um (ou mais…) povo, eis que voltam ao campo de batalha da Europa! Não são guerras de povos contra povos. São guerras de líderes omnipotentes e temidos internamente, cujos recalcamentos de impérios perdidos e egos monstruosamente desmedidos, fazem em nome de um mesmo povo.

Esta invasão inaceitável, não é justo que se atribua ao povo russo, mas sim a um líder à imagem de Hitler e pouco mais na história do mundo

Esta invasão inaceitável, não é justo que se atribua ao povo russo, mas sim a um líder à imagem de Hitler e pouco mais na história do mundo. Outros há e houve, cujo comportamento foi idêntico, diferindo apenas no desejo expansionista mundial (ou pelo menos de dominação de várias geografias…) e no nível de atrocidades.

Serão estes os descendentes de um tal Adolf, que por instrumentos de propaganda, repressão e intimidação, se têm vindo a afirmar no mundo contemporâneo e que na Rússia pós-soviética, produziram um Putin?

Há, pois, atualmente, vários níveis de problemas com que o mundo livre e a Europa em particular, se defrontam. O primeiro de todos é acabar com esta guerra! Será talvez o mais difícil, dadas as circunstâncias à data de hoje e à espiral de loucura, de ódio e de visões imperiais sem escrúpulos. Depois, é a soberania e dignidade do povo invadido. Será possível manter? Em qualquer caso, segue-se a reconstrução de um país em ruínas que até poderá já não ser uma nação…

Seguidamente (ou não) é a extirpação do mal. Num tribunal de direitos humanos internacional? Numa sublevação interna? De outra forma? O tal mundo Livre e Democrático, respeitador e guardião dos Direitos Humanos terá, obrigatoriamente, de o conseguir!

Ficará para o fim (e isto é muito relativo…!) a necessidade de acabar com todos os “filhos do Putin”. Isto é, de combater as sementes do mal que se possam espalhar por outras regiões do globo

Ficará para o fim (e isto é muito relativo…!) a necessidade de acabar com todos os “filhos do Putin”. Isto é, de combater as sementes do mal que se possam espalhar por outras regiões do globo. Algumas há que já estão instaladas, mas o seu poderio, sobretudo o nuclear – ínfimo ou inexistente – mas também económico e geoestratégico, não são comparáveis aos da Rússia. São os casos da Coreia do Norte, Cuba, Laos ou Vietname.

Para além deste, existem, naturalmente, os casos latentes e perigosamente populistas de ultra nacionalismos de direita que ameaçam igualmente a Ordem Mundial de Paz, Democracia, Desenvolvimento, Liberdade e Direitos Humanos. Alguns, bem próximos, na “nossa” Europa!

E nunca nos esqueçamos: os “filhos do Putin” deste mundo, não dormem!

Poderíamos também descer a uma “malha” muito mais fina e encontrar em muitas instituições, organizações e governos de vários países outros “filhos do Putin”, gente com esta forma de encarar a diplomacia, a governação e, sobretudo, os relacionamentos humanos. Com total falta de respeito e até, de vergonha!

Assim, uma das grandes batalhas das gerações atuais e futuras é a defesa da Democracia e da Liberdade em todas as suas amplitudes! Como se costuma dizer, “quem adormece em democracia, acorda em ditadura”!

E nunca nos esqueçamos: os “filhos do Putin” deste mundo, não dormem!

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