Depois de Luís Montenegro ter considerado, no Congresso do PSD que teve lugar no passado fim de semana no Porto, que um referendo sobre a regionalização em 2024, com a atual conjuntura, será “uma irresponsabilidade, uma precipitação e um erro”, foi agora a vez de Carlos Moedas alinhar-se ao novo líder do seu partido ao dizer que o “país não está preparado para decidir a regionalização”.

No final da reunião do Conselho Geral da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), que decorreu ontem (05/07) em Coimbra, a presidente da Associação, Luísa Salgueiro, disse haver “uma grande convergência e união em relação às opções que estão a ser feitas entre a ANMP e o Governo em matéria de descentralização, faltando apenas afinar detalhes”.

Serão esse “detalhes” que terá levado o presidente do Congresso Geral da ANMP a dizer que é necessário “fazer bem a descentralização”. Carlos Moedas acredita que “há um caminho da regionalização que também pode ser feito, mas também não podemos passar as coisas a frente umas das outras. Estamos no caminho da descentralização e vamos fazê-la, falaremos mais tarde sobre regionalização, disse o autarca de Lisboa aos jornalistas no fim da reunião.

Luísa Salgueiro, por sua vez, evidenciou a “reforma significativa, com alterações profundas” que está a ser levada a cabo e reconheceu os problemas que “vão sendo, e que têm de ser, sanados, na articulação entre os vários níveis: autarquias, Administração desconcentrada e o próprio Governo”, disse.

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