
Durante a 32.ª cimeira entre Portugal e Espanha, realizada ontem (28/10), em Trujillo (Espanha), António Costa revelou que foi assinado um memorando para “um trabalho conjunto” entre os países ibéricos no desenvolvimento dos respetivos PRR “em quatro domínios estratégicos da maior importância”.
Segundo o primeiro-ministro, trata-se de “uma oportunidade extraordinária para a transformação estrutural das nossas economias e das nossas sociedades e não era concebível partilharmos a Península Ibérica sem que esse esforço fosse articulado entre os dois países”.
Umas das áreas será a “fileira do automóvel e a transição para a mobilidade elétrica e conectada”, com projetos “desde a mineração sustentável até à produção dos novos veículos elétricos e conectados”, tal como a “transição ecológica no domínio das energias e em particular do hidrogénio verde”, com “uma dimensão industrial, mas também de desenvolvimento do conhecimento”, adiantou o PM.
Para cumprir esse objetivo, António Costa revelou que “será instalado, em Cáceres [Espanha], o Centro Luso-Espanhol de Pesquisa de Energias Sustentáveis”, para “contribuir para o aprofundamento do conhecimento da investigação e da inovação nesta área decisiva” para “o futuro” e para “a transição energética”.
Outro projeto “muito ambicioso” é o a criação de uma “rede de microssatélites lançados por Portugal e por Espanha”. O “Constelação Atlântica” visa recolher “informação de melhor qualidade e em tempo real sobre a terra” de modo a contribuir para “um melhor ordenamento território, uma melhor proteção do ambiente, uma maior segurança das populações e uma agricultura que seja mais eficiente e sustentável no futuro”, continua o primeiro ministro.
Por último, o memorando inclui as “infraestruturas digitais”, com a “articulação dos diferentes ‘hubs’ digitais de forma a fazermos da Península Ibérica uma grande plataforma da inovação, do empreendedorismo, das ‘startups'” para que “ajudem a contribuir para a modernização do conjunto da economia europeia”, destacou.
O chefe do Executivo sublinhou que “o desenvolvimento de projetos conjuntos na área da digitalização da administração pública” pretende que “nas regiões de fronteira que os cidadãos possam dialogar de uma forma fácil e amigável com as administrações”.






