MANUELA MOURA GUEDES RESPONDE “À LETRA” A LUÍSA SOBRAL
Jornalista criticou a forma como a cantora Luísa Sobral reagiu à sua opinião sobre a intervenção de Cristina Ferreira na Web Summit
Redação
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10 de Novembro 2022, 12:51
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Manuela Moura Guedes foi alvo de críticas por parte de Luísa Sobral, cantora portuguesa, depois de ter elogiado uma paródia feita por Joana Marques à intervenção de Cristina Ferreira na Web Summit, considerando que a intérprete portuguesa podia ter-lhe enviado uma mensagem pessoal.

“Luísa, não a conheço e confesso que tive de verificar se era a irmã de Salvador Sobral. Não leve a mal mas, atualmente, é muito raro ‘frequentar’ redes sociais. Ao abrir o Google, vi que alguém tinha feito eco da sua missiva que me era dirigida”, disse na rede social facebook, acrescentando: “Fiquei admirada por ter escolhido o Instagram para me dizer, a mim, o que pensava sobre um desabafo meu. Podia ter mandado uma mensagem… é o que eu faço quando tenho algo a dizer a alguém, em particular”, começa por dizer a jornalista. 

“Ao expressar a minha opinião, faço-o abertamente para toda a gente que a queira ler ou ouvir, sem me escudar em recados. É claro que nem todos entendem a liberdade de expressão, a necessidade de sentido crítico ou de posicionamento face a acontecimentos mais ou menos relevantes da vida do país.

“No entanto, talvez porque é irresistível, lá digo uma coisa uma outra, sabendo de antemão que haverá sempre quem veja intenções tenebrosas por detrás do que escrevo. Sabe? São muitos anos a estar exposta a críticas (do mais variado e impensável) e a saber distinguir o que vale e o que não vale a pena reter, embora, muitas vezes seja até salutar e, mesmo divertido, ver o que se diz – ajuda a compreender as pessoas e o país”, continuou.

“A tendência atual para encaixar tudo, gratuitamente e sem critérios sérios, em categorias como o bullying, o racismo ou a descriminação é muito perigosa porque tem como objetivo anular a liberdade de expressão, impondo-nos padrões de comportamento. E que venha a primeira pessoa a acusar-me de qualquer um destes comportamentos!

Não resisto, volto a frisar, a dizer o que penso quando há situações injustas, de má gestão pública ou ridículas, das que envergonham enquanto seres pensantes e enquanto mulheres. Não é passando em claro que se defende a igualdade de género, é precisamente, chamando a atenção para comportamentos criticáveis que mostramos que o particular não deve ser confundido com o todo”, conclui.

Confira, abaixo, a publicação original de Manuela Moura Guedes: 

 

 

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