INFLAÇÃO "ESTÁ A AFETAR O CRESCIMENTO E O PODER DE COMPRA" NA EUROPA
Paschal Donohoe confia no trabalho do Banco Central Europeu (BCE) para garantir o combate à inflação.
Redação
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3 de Fevereiro 2022, 16:32
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O ministro irlandês e presidente do Eurogrupo, Pascal Donohoe, assumiu que “a subida da inflação está a afetar o crescimento e o poder de compra dos cidadãos” realçando que este processo “é algo que preocupa naturalmente os ministros das finanças, razão pela qual o Eurogrupo está a prestar muita atenção aos desenvolvimentos relacionados com a inflação”. 

“Quando falamos da situação económica, temos de falar da inflação, que tem vindo a aumentar acentuadamente desde meados de 2021. Escusado será dizer que avaliar as perspetivas de inflação para a zona euro é, antes de mais, a tarefa do BCE, e fá-lo com total independência”, afirmou. 

Segundo a mesma fonte, o processo tem vindo a modificar-se já que os fatores que têm vindo a fazer subir os preços estão a demorar mais tempo a dissipar-se do que o esperado.  “Estamos a falar principalmente dos preços da energia, mas também de uma forte procura, de estrangulamentos na oferta e de fatores técnicos”, acrescentou o sucessor de Mário Centeno. 

Donohoe “espera que a inflação comece a diminuir este ano e, subsequentemente, desça abaixo do objetivo de 2% do BCE em 2023″, disse. 

De acordo com o líder, “a política monetária não pode resolver as restrições de oferta, mas podemos estar confiantes de que o BCE fará, como o fez anteriormente, o que for necessário para cumprir o seu mandato de estabilidade de preços”, acrescentando que os Estados-membros também vão ter que adotar medidas para proteger as populações do impacto da inflação. 

Vale a pena mencionar que a mesma taxa registou, no período homólogo, um novo máximo de 5,1%, segundo uma estimativa da Eurostat, onde é revelado que a tendência de subida de preços mantém-se desde o segundo semestre de 2021. O crescimento de 5,1% da taxa de inflação homóloga compara-se com os 0,9% de janeiro de 2021 e os 5% registados em dezembro. 

O setor das energias é o que apresenta a taxa homóloga mais alta, 28,6% face aos 25,9% registados em dezembro de 2021, seguindo-se a alimentação, álcool e tabaco (3,6%, que se comparam com os 3,2% de dezembro), os serviços (2,4% estável face ao mês anterior) e os bens industriais não energéticos (2,3%, contra 2,9% de dezembro). 

Imagem: Eurogrupo

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