O estudo “Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (FEEI) – Avaliação de Impacto nas diferentes regiões em Portugal”, desenvolvido pela Nova SBE em colaboração com o EuroRegião, revelou que sem o apoio dos fundos europeus, todas as regiões, com a exceção do Algarve, teriam divergido da União Europeia.
“Portugal só convergiu economicamente com a União Europeia graças aos fundos europeus, no período 2014 a 2019”, refere o estudo da Nova SBE e do EuroRegião, projeto do YoungNetwork Group.
“A distribuição dos apoios pelos municípios concentra-se, sobretudo, nas regiões onde se pretende atingir convergência económica em relação aos municípios mais desenvolvidos”, diz o estudo, acrescentando que o Alentejo, em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB), foi a região que recebeu a maior parte destes fundos, seguida pelo Centro, enquanto Lisboa e o Algarve aparecem no fundo da tabela.
Além disso, de acordo com o mesmo documento, por cada euro pago num município, o Valor Acrescentado Bruto (VAB) aumenta 0,89 euros no ano de atribuição do apoio, subindo para 0,90 euros no ano seguinte, para 1,57 euros dois anos após o apoio e para 2,43 euros três anos depois.
No entanto, os Açores foram a região onde se verificou o maior impacto (2%) destes fundos no crescimento do PIB anual, entre 2014 e 2020, superando assim o impacto de e 1% detetado nas restantes regiões, à exceção do Algarve e da Área Metropolitana de Lisboa.
O estudo, que tem por base a investigação feita pela Universidade Nova SBE e os dados disponibilizados pela Agência para o Desenvolvimento e Coesão (AD&C), revela ainda que no quadro comunitário 2014-2020, Portugal é o sétimo país em termos de valor de apoio recebido, o 10.º considerando o montante recebido em relação com o PIB e o 9.º no que se refere à taxa de implementação dos fundos europeus.
O EuroRegião vai estar em Santarém para discutir o impacto dos Fundos Europeus em Portugal. O evento é no dia 28 de março e é gratuito mediante inscrição.