Os Novos Tempos de Lisboa começaram com um apelo ao “sentido de comunidade e pertença comum”. Carlos Moedas, eleito presidente da Câmara Municipal de Lisboa pela coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança, tomou hoje (18/10) posse na Praça do Município. O autarca, que assumiu o pelouro da Transição energética e das Alterações Climáticas, destacou “três vértices fundamentais” para o mandato: a comunidade, o espaço e as regras.

Comunidade

Carlos Moedas anunciou a criação de uma Assembleia de Cidadãos e, garante, “lá estaremos para ouvir, corrigir, melhorar e avaliar”. O presidente recém-eleito lembra que “é preciso toda uma comunidade para gerir uma cidade”.

“Lisboa tem que ser uma casa que todos sintam como sua. Os que aqui nasceram e os que para cá vieram. Os que vivem em Lisboa e os que aqui trabalham. Os mais velhos e os mais novos; A cidade tradicional e a cidade global”, destaca.

Mobilidade

Nos transportes o objetivo para os próximos quatro anos será “reduzir tempos, reduzir preços e reduzir emissões”, para isso, quer “tornar os transportes gratuitos para os mais novos, para induzir hábito de andar de transportes públicos, e para os mais idosos, que tanto precisam”, afirma.

Sem esquecer a importância de “redesenhar” a rede de ciclovias. “Queremos aumentar a circulação em bicicletas, mas de uma forma que seja segura e equilibrada”, argumenta.

“O nosso objetivo é que, cada dia, mais e mais pessoas optem de forma natural pelos transportes coletivos e sustentáveis”, diz ainda.

Segurança

Carlos Moedas cita Jane Jacobs: “as ruas e os seus passeios são os órgãos vitais das cidades” para justificar a importância do policiamento de proximidade, prometendo “estar ao lado” das forças de segurança, e dar “uma redobrada atenção ao sistema de Proteção Civil” de modo a preparar a cidade para “fenómenos da natureza e possíveis catástrofes”.

Transição Energética e Alterações Climáticas

Moedas assumiu o pelouro da Transição Energética e Alterações Climáticas, mas lembra: “uma cidade verde e sustentável faz-se com as pessoas. Não impondo a transição às pessoas”.

“Uma das missões em curso é precisamente a de ajudar as cidades a ser neutras do ponto de vista de emissões de CO2. Trabalharemos em rede e em parceria com outras grandes cidades do mundo, para que Lisboa seja pioneira nesta corrida contra o tempo”, garante.

Cultura

Na cultura, Moedas quer “um teatro em cada freguesia”. “Tal como a natureza, também a Cultura deve ser vista de forma integrada. Recuso falsas dicotomias e falsas escolhas. O nosso projeto cultural será abrangente, sem tribos nem fações”.

Urbanismo e Habitação

Quanto ao urbanismo, o autarca fala em cumprir a responsabilidade de “auditar para melhorar” e avisa que será “mais exigente nos prazos e na qualidade do licenciamento urbano e comercial”.

Já na habitação, o foco é “ajudar os jovens na compra da sua primeira casa” e “reconverter para habitar”.

Apoio Social

Moedas propõe várias medidas de apoio social como o “plano de acesso à saúde para os lisboetas com mais de 65 anos, que são carenciados e que hoje, em muitos casos, não têm médico de família”, mas também “várias iniciativas para apoiar as pessoas em situação de sem-abrigo”, o reforço da “rede de cuidadores informais”, e o envolvimento das juntas de freguesia no apoio a quem tenha “doenças crónicas e irreversíveis”.

Economia

“A nossa primeira obrigação é ajudar os lisboetas, comerciantes locais e empresas”, começa por dizer o novo presidente da Câmara de Lisboa. O autarca promete “assegurar que nenhuma família fica para trás”, através de um plano de redução de impostos para uma “Lisboa fiscalmente amigável”.

Destaca ainda a criação de “ecossistemas como a Fábrica de Unicórnios ou o Centro Mundial para a Economia do Mar” que apoie o empreendedorismo na capital.