Vítor Neto, presidente da NERA, Associação Empresarial Região do Algarve, começou por referir que o Algarve tem um desequilíbrio estrutural que acaba por afetar o desenvolvimento do Algarve. Na visão do interveniente, a dependência económica da região perante o setor do turismo, que inclui a hotelaria, restauração e outros serviços, uma vez que o setor da agricultura tem apenas uma representação de 4% no sul do país.

Na visão de Vítor Neto, “não se trata de recuar no turismo”, mas sim de desenvolver os outros setores para valorizar a economia algarvia, uma vez que o “turismo é frágil”.

Sofia Terlica, durante a sua intervenção na décima conferência do EuroRegião Talks destacou que os Fundos Europeus, nos Algarve, existem incentivos para valorização das Pequenas e Médias Empresas (PME). De acordo com a investigadora, muitos dos objetivos dos Programas Operacionais não são necessariamente compatíveis com o aumento da produtividade, mas refere que torna as empresas mais competitivas e, consequentemente, o país.

Diogo Pinto Couto, advogado, refere, por sua vez, que é necessário acompanhar as empresas no processo de acesso aos Fundos Europeus, facilitando assim o trabalho dos agentes económicos e garantir que as empresas “não desmotivam”, sendo também necessário que as empresas respondem a todos os requisitos para aceder a estes apoios, antes de iniciar o processo de candidatura e execução, referindo que “não basta ter um bom projeto”.

No que diz respeito à gestão dos Fundos Europeus, Diogo Pinto Couto, destacou a necessidade de facilitar o acesso às verbas comunitárias, algo ligado à divulgação dos avisos relativos às candidaturas, que têm vindo a ser desenvolvida pelo Governo central, mas também a obrigatoriedade do cumprimento de prazos de todas as entidades envolvidas, sejam elas particulares ou públicas.

Pode acompanhar a décima conferência do EuroRegião Talks através do canal do EuroRegião.