Os passageiros que chegaram a Lisboa nos últimos dias passaram longas horas na fila, à espera de entrarem na zona de fronteira do aeroporto da capital. Foram muitos os vídeos de indignação publicados nas redes sociais pelos turistas.
Thousands of people waiting at the Libon airport during many hours. For why?#lsb #lisbon #Portugal #lisbonairport @lisbonaire @turismoportugal @Portugal @WeTVPortuguese pic.twitter.com/jZ9moI2q96
— Zaluna (@gokhankaya76) June 12, 2022
De acordo com o economista Pedro Brinca, a solução Montijo pode ser a mais viável. “Em 2019 havia um crescimento projetado para o volume de tráfego na Portela que, de forma clara, já estava a implicar uma degradação acentuada do serviço. A criação do novo aeroporto e o horizonte temporal para entrar em funcionamento, era um critério importante do ponto de vista estratégico e o Montijo seria, sem dúvida, a solução mais rápida”, começa por dizer Pedro Brinca, em entrevista ao EuroRegião, porque “já existe uma pista”.
“Do ponto de vista económico, o investimento no aeroporto do Montijo cria sempre um valor acrescentado porque trás atividade económica” à região, diz o economista. “A grande questão que causa polemica não é a parte económica, mas sim a ambiental e aí não me pronuncio, nem me pronunciarei, porque não tenho capacidade técnica nem científica para o fazer”, lembra o investigador da NOVA SBE.
A nova estrutura servirá essencialmente o turismo de Lisboa, Sintra e Cascais, mas, também, Setúbal. “A margem sul tem um potencial brutal para se transformar num polo importante na atração turística. Temos toda a Costa da Caparica que vai até Troia, a Península de Setúbal, a Arrábida”, descreve, Pedro Brinca. “A Região de Setúbal é uma das mais pobres do país, quando olhamos para o PIB, mas não é a região do país onde as pessoas têm pior qualidade de vida porque as pessoas que vivem na península de Setúbal trabalham em Lisboa”.
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