AUMENTO DE CUSTOS ATRASA OBRA DA PONTE DA PRAIA DE FARO
Apesar do atraso, o presidente da Câmara Municipal de Faro, Rogério Bacalhau, garante que a empreitada começa ainda em 2022.
Maria João Silva
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6 de Junho 2022, 16:30
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As obras da nova ponte da Praia de Faro, que estavam agendadas para abril, foram atrasadas vários meses devido ao aumento dos preços dos materiais de construção e às novas dificuldades do município de Faro, uma vez que, segundo Rogério Bacalhau, autarca do Município de Faro, o custo da obra cresceu em mais de 20%.

A empresa vencedora foi uma das quatro que concorreram ao quarto concurso que a autarquia e a Polis Litoral Ria Formosa fizeram para o efeito ao longo dos últimos anos. Os outros três concursos ficaram desertos, isto é, não compareceram candidatos à execução da obra.

“Temos neste momento o contrato assinado, que podia começar. Só não começou porque o empreiteiro me disse que nos primeiros seis meses tinha um défice de meio milhão de euros. E portanto vamos lá esperar. Também não vale a pena negociarmos absolutamente nada. Vamos esperar que isto estabilize”, explicou Rogério Bacalhau ao Jornal do Algarve. “Se não fossem estas questões [inflação e subfinanciamento do empreiteiro], as obras já tinham começado no mês de abril”, garantiu.

No entanto, Paula Matias, vereadora socialista, considera que “este ano não haverá condições objetivas para o começo das obras”. “Temos um processo que tem a ver com a energia municipal, que tem este ano perspetivas de um aumento muito significativo. Quanto às obras em curso, o município está a fazer um esforço para as finalizar todas. A mais complicada será a mata do liceu. Acredito que as obra que estão em curso vão ser concluídas. Acredito nesse esforço”, revelou.

Em causa, no caso do aumento da eletricidade, estão subidas de preço que poderão atingir os 750% face aos valores do anterior contrato, que prescreveu a 31 de dezembro, de acordo com o autarca, que menciona que dos cinco milhões de euros até agora previstos para o investimento, 3,5 milhões competiam à Câmara de Faro e 1,5 milhões à sociedade Polis Litoral Ria Formosa, acresce agora um milhão de euros que terão que ser cobertos pela Câmara Municipal.

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