BEJA: MELHORIA DA SECA NÃO EVITA PREJUÍZOS “IRRECUPERÁVEIS”
As chuvas registadas no início da primavera melhoraram a situação de seca no distrito de Beja, mas não foram suficientes para reverter o processo.
Maria João Silva
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12 de Abril 2022, 10:34
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Segundo Rui Garrido, presidente da Associação de Agricultores do Sul (ACOS), as chuvas do final de mês de março permitiram colmatar as consequências da seca. “É evidente que melhorou um pouco. Há mesmo zonas, no sul do distrito de Beja, com solos mais fracos, em que estas chuvas provocaram logo escorrimentos e encheram pequenas charcas e barragens utilizadas para o abeberamento do gado”, explicou, acrescentando que “quando choveu, havia já prejuízos provocados pela seca que são irrecuperáveis”.

De acordo com a mesma fonte, apesar da chuva e das temperaturas não terem sido muito altas, “os agricultores continuam a alimentar o gado usando forragens conservadas e palhas que tinham e comprando rações” a preços “cada vez mais altos”, explicou em entrevista ao gabinete de imprensa da edição deste ano da Ovibeja e citada pelo jornal O Digital.

Além disso, segundo o presidente da ACOS, é necessário que Maria do Céu Antunes, ministra da Agricultura, “oiça e trabalhe com a lavoura, porque torna tudo mais fácil para ela e também para nós e há mais possibilidade de chegarmos a consensos”, referiu, convidando a governante a estar presente na Ovibeja, evento que vai decorrer entre os dias 21 e 25 de abril, em Beja.

 “Teremos assuntos para tratar e queremos transmitir esta mensagem de diálogo que consideramos que é fundamental. É preciso estarmos todos em sintonia, numa altura em que temos pela frente tempos muito difíceis. É isso que nós desejamos”, concluiu.

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