
A tensão na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia levou o Parlamento Europeu (PE) a aprovar esta semana um pacote de fundos de assistência, “sob a forma de empréstimos a longo prazo em condições altamente favoráveis”, com 598 votos a favor, 55 contra e 41 abstenções.
O apoio prevê a transferência de um total de 1200 milhões de euros para apoiar o Estado-membro, mas, segundo a Comissão Europeia (CE), será desembolsada “rapidamente uma primeira parcela de 600 milhões de euros, sob condições prévias”, e a “segunda parcela estará sujeita ao prosseguimento da execução satisfatória do programa do Fundo Monetário Internacional (FMI) e de um número de medidas políticas de curto prazo previamente acordadas”.
Enquanto “condição prévia” os eurodeputados definiram o respeito pelos mecanismos democráticos efetivos, “nomeadamente um sistema parlamentar pluripartidário e o Estado de direito”, e o “respeito pelos direitos humanos” por parte da Ucrânia.
Já Roberta Metsola, presidente do PE, agradeceu “proposta atempada para apoiar a estabilidade financeira e a resiliência da Ucrânia nas atuais circunstâncias difíceis”, acrescentando que “o que estamos a testemunhar é também uma ameaça à paz na Europa”.
“O que pode acontecer na Ucrânia marcará o futuro da humanidade”, afirmou o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, remetendo também para a possibilidade de a EU enfrentar uma agressão militar russa, mas “de forma unida” que é “uma das consequências positivas desta crise”
O chefe da diplomacia europeia acrescentou ainda que a UE está pronta a negociar uma solução diplomática, mas também preparada para agir, incluindo com a aplicação de sanções à Rússia, se necessário.
Neste momento, não estão previstas mais transferências de fundos para a proteção da fronteira da Ucrânia.






