ATAQUES INFORMÁTICOS AUMENTAM. UE PREPARA "CIBERESCUDO"
Apesar dos ataques serem cada vez mais frequentes, os Estados-Membro da UE ocupam 18 dos 20 lugares cimeiros do Índice Mundial de Cibersegurança.
Redação
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11 de Fevereiro 2022, 16:30
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A recente onda de ataques informáticos a empresas nacionais, despertou o país para os perigos do mundo digital e para a crescente importância da cibersegurança. A União Europeia (EU) desenvolveu recentemente uma nova estratégia, com um orçamento de mais de dois mil milhões de euros, para enfrentar os desafios impostos pelo cibercrime.

Através de um Quadro Financeiro Plurianual, que conjuga o Programa Europa Digital, o Horizonte Europa e o Fundo Europeu de Defesa, o financiamento total disponível ultrapassa os dois mil milhões de euros, acrescidos de investimentos dos Estados-Membros e do setor empresarial.

Apesar de ser um montante avultado, Thierry Breton, Comissário responsável pelo Mercado Interno, considera que “investir em segurança cibernética significa investir no futuro saudável de nossos ambientes online e em nossa autonomia estratégica.”

“As ameaças cibernéticas evoluem rapidamente, são cada vez mais complexas e adaptáveis. podemos utilizar nossa experiência e conhecimento para detetar e reagir mais rapidamente, limitar possíveis danos e aumentar nossa resiliência”, acrescentou.

Entre as medidas previstas estão a criação de um “ciberescudo à escala da UE”, composto por centros de operações de segurança que detetam indícios precoces de ciberataques iminentes e permitem adotar medidas antes que sejam causados quaisquer danos; instrumentos de ciberdiplomacia “para prevenir, dissuadir e dar resposta aos ciberataques”; um programa de reforço das cibercapacidades externas da UE e um comité interinstitucional; aumentar a cooperação entre Estados-Membros; e expandir a regulamentação disponível.

O objetivo é “intensificar esforços com vista a reforçar a ordem internacional”. Uma vez que infraestruturas, redes e operadores de serviços essenciais “estão cada vez mais interligados”, os ataques a um setor “podem causar perturbações em muitos outros setores económicos do mercado interno” da EU, lembra o Executivo comunitário.

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