AGRICULTORES CRITICAM MINISTÉRIO "SUBALTERNO AO MINISTÉRIO DO AMBIENTE"
Para a Associação dos Jovens Agricultores, é necessário “um Governo mais sensível” ao setor agrícola, uma vez que a governação socialista deixou o ministério “desmantelado”.
Redação
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27 de Janeiro 2022, 14:30
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A poucos dias das eleições legislativas, marcadas para o próximo domingo (30/01), a Associação dos Jovens Agricultores Portugueses (AJAP) emitiu um comunicado no qual considera que o Ministério da Agricultura do atual Governo socialista está “desmantelado” e é “subalterno ao Ministério do Ambiente”.

A associação aproveita o contexto eleitoral para a apelar a “um Governo mais sensível à agricultura, à pecuária, à floresta e ao desenvolvimento rural”, que dê “mais apoio às empresas e empresários em nome individual” e com “maior sensibilidade com quem produz riqueza e gera postos de trabalho”.

“À semelhança dos diferentes setores de atividade económica, Portugal tem, nos setores da agricultura, perdido terreno face às cedências que o Governo do Partido Socialista tem feito aos partidos de esquerda, onde também podemos incluir o PAN”, continuam, acrescentando que consideram “inconcebível manter no futuro um ministério [da Agricultura] desmantelado, diminuído de funções e subalterno ao Ministério do Ambiente”.

Nesse sentido, a AJAP deseja um Governo que adote uma “política clara, a uma só voz, no que respeita à política da água e ao regadio” e “medidas urgentes no apoio ao quotidiano dos agricultores”, no âmbito do PRR, para fazer face ao aumento dos custos dos combustíveis e da energia, de sementes, fertilizantes, pesticidas, rações e produtos veterinários.

A AJAP deixou ainda outros recados sobre a Política Agrícola Comum, destacando que “7% dos agricultores portugueses recebem 70% dos apoios da PAC e praticamente 40% dos agricultores portugueses estão excluídos”; sobre a indústria pecuária, que os “partidos de esquerda querem a todo o custo combater”, mas que “é apenas responsável por 10% dos gases efeito de estufa produzidos em Portugal”; e sobre a necessidade de “definir regras e procedimentos” para captar e reter mais água.

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