GOVERNO PS É ALVO DE CRÍTICAS DEVIDO À FALTA DE MÉDICOS EM VÁRIAS REGIÕES
Durante a última semana, vários partidos, em visitas pelo país, apontaram o dedo à governação de António Costa que dizem ser responsável pela carência de profissionais.
Redação
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24 de Janeiro 2022, 16:10
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Tanto a esquerda como a direita criticaram o governo devido aos graves problemas do sistema nacional de saúde, em vários pontos do país.

João Oliveira do PCP foi a Sines, ao o Centro de Saúde de São Bartolomeu de Messines, ouvir os relatos de utentes e profissionais de saúde. Segundo o mesmo, em declarações ao Jornal do Algarve, “a realidade é um murro no estômago”, e o Algarve é a região do país onde menos médicos se querem fixar por falta de incentivos do Governo socialista.

O dirigente comunista, a substituir Jerónimo de Sousa na campanha eleitoral enquanto este recuperar de uma intervenção cirúrgica, lamentou ainda que a política do PS tenha sido “transferir para cima das costas” de familiares os cuidados de saúde.

No extrema oposto do país, em Bragança, as queixas são semelhantes. A falta de médicos na especialidade de Obstetrícia e Ginecologia está a obrigar a Unidade Local de Saúde do Nordeste a enviar grávidas para o hospital de Vila Real.

Adão Silva, deputado do PSD e cabeça de lista do partido pelo distrito de Bragança, considera que o problema “é uma questão de boa vontade. [Habitualmente há] uma enorme dificuldade em ter obstetras que queiram vir para o distrito de Bragança e queiram pertencer aos quadros da Unidade Local de Saúde do Nordeste. Mas tendo as pessoas disponíveis, tenho de as agarrar com ambas as mãos. Portanto, não pode haver nenhum impedimento burocrático nem político para que isto aconteça. O que está a suceder, segundo me disse o Dr. Carlos Vaz, presidente da ULS, é que o Ministro das Finanças proibiu a contratação desses dois profissionais. E, por isso, estamos numa enorme dificuldade. É lamentável. Não pode acontecer. Temos de lutar pela manutenção da maternidade de Bragança,” afirmou ao jornal Mensageiro de Bragança.

O social-democrata decidiu deixar ainda várias perguntas dirigidas à Ministra da Saúde: “Está a Ministra da Saúde a par da situação? Por que razão não autorizou o Governo a contratação dos dois médicos obstetras? Que alternativas tem o Governo para, rapidamente, colocar médicos obstetras em número suficiente para um adequado funcionamento da única maternidade no Distrito de Bragança?”

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