310 MIL VOTAM ESTE DOMINGO, MAS PODE HAVER INSCRIÇÕES FRAUDULENTAS
Entre domingo e quinta-feira, os eleitores recenseados no território nacional puderam inscrever-se para votar antecipadamente. Este domingo (23/01), cerca de 310 mil portugueses vão às urnas.
Redação
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21 de Janeiro 2022, 19:30
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O Ministério da Administração Interna avançou que “o número total provisório de cidadãos eleitores que se inscreveram para votar no voto antecipado em mobilidade é superior a 310 mil”, referiu o Governo em comunicado enviado à imprensa. 

Através desta modalidade, os eleitores inscritos puderam escolher um local de voto à sua escolha num município do continente ou das regiões autónomas dos Açores e da Madeira, através de meio eletrónico em www.votoantecipado.mai.gov.pt ou por correio enviado para a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna. 

Mas esta quarta-feira (19/01), Antero Luís, secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna considerou que o número de eleitores inscritos para votarem antecipadamente em mobilidade a 23 de janeiro está “muito aquém das estimativas da administração eleitoral”, revelou. 

Vale a pena lembrar que nas eleições presidenciais de 2021, já durante a pandemia, 197.903 mil portugueses exerceram o seu direito uma semana antes da data do ato eleitoral. 

Portal de voto antecipado permitia inscrições fraudulentas

As eleições legislativas de 2022 ficam marcadas pelas possibilidade de serem realizadas inscrições fraudulentas no voto antecipado. Segundo a Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD), existem “deficiências” no Portal de voto antecipado que “permitem a inscrição fraudulenta por terceiros” para a votação antecipada por mobilidade. 

Em declarações à Lusa, a entidade revelou que a plataforma “permite o registo em nome de pessoas que constam nos cadernos eleitorais, desde que se saiba o nome completo e a data de nascimento”, uma vez que “dentro da plataforma, é possível assumir o controlo do agendamento do voto antecipado da potencial vítima, uma vez que o intruso passa a ter a capacidade de inserir um endereço de ‘e-mail’ e um número de telefone, que servem de meios de contacto para gerir todo o processo”. 

Além disso, de acordo com a mesma fonte, “as falhas detetadas permitem a inscrição fraudulenta por terceiros para voto antecipado por mobilidade, bastando para tal conhecer o nome e data de nascimento ou o número de identificação civil e data de nascimento de uma pessoa”, acrescentando que, caso a situação se verifique, não afeta o exercício do direito de voto”, esclareceu. 

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