A líder do Movimento Alternativa Socialista (MAS) e cabeça de lista pelo partido em Lisboa, Renata Cambra, visitou Coimbra para uma ação de campanha contra o preço das propinas.

Segundo a mesma, “a existência de propinas contribui para divisão social e segregação e não dá oportunidades aos setores mais desprotegidos de terem melhores perspectivas de futuro”, algo que foi agravado pela pandemia de COVID-19.

“Sabemos que com a pandemia houve uma grande quebra no rendimento das famílias e, inclusivamente, em Portugal, as famílias têm uma carga com os estudos na casa dos 30%, quando a média europeia está na ordem dos 10%”, continuou durante o discurso citado pelo Notícias de Coimbra.

A acordar a esquerda em Coimbra.

Jantar de campanha hoje, às 20h ✊ pic.twitter.com/0yrIPG1OUH

— renata cambra #VotaMAS (@renata_cambra) January 20, 2022

A candidata destacou o cenário “alarmante” do ano letivo 2020/2021, durante o qual mais de 70% dos pedidos de bolsa foram recusados. Bolsas essas que servem “basicamente” para os estudantes pagarem a propina e “depois ficam sem dinheiro para a habitação, comida e livros”, argumentando que na impossibilidade de acabar com as propinas definitivamente, era importante “no mínimo, suspender o pagamento para os estudantes bolseiros,” alertou.

Além dos custos com as propinas, Renata Cambra fez questão de sublinhar ainda os custos da “especulação imobiliária”, que “os vistos gold aumentam fortemente”, para os estudantes, considerando ser “necessário haver um contrapeso por parte do Estado para criar habitação acessível, o que permite também baixar o preço das rendas em geral”.

De acordo com a candidata a Lisboa, o MAS não esquece os muitos jovens que não entram no ensino superior “porque sabem que vão ter de desistir” por falta de condições financeiras.

Foto: Conta pública de Renata Cambra no Twitter