PS AVEIRO: "MUITA GENTE REINVIDICA OBRAS, MAS FOMOS NÓS QUE DESBLOQUEÁMOS"
Pedro Nuno Santos diz que há obras que só foram feitas “porque há um Ministro das Infraestruturas do distrito”.
Redação
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21 de Janeiro 2022, 09:28
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O Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, é o cabeça de lista do partido socialista para o círculo de Aveiro. Segundo o candidato, os aveirenses tiveram influência nas decisões do Governo de António Costa, e foi a governação do PS que concretizou os investimentos na Região que “outros partidos reivindicam, mas não executaram”.

Apesar das críticas da oposição e da autarquia, liderada pelo social-democrata José Ribau Esteves, o candidato do PS, em entrevista ao jornal Notícias de Aveiro, afirma que há investimentos “há décadas à espera para os quais os diferentes partidos em Aveiro fizeram zero”, com exceção dos socialistas.

Requalificação do Hospital de Aveiro

“O atual Governo já garantiu aquilo que era prioritário: o financiamento para a elaboração do projeto de requalificação e ampliação do hospital [de Aveiro]. O futuro Governo, se liderado pelo PS, terá a capacidade de garantir o financiamento para a empreitada, à imagem do que conseguiu para inúmeros investimentos realizados no distrito de Aveiro nos últimos seis anos, indo ao encontro de reivindicações antigas das comunidades. Os aveirenses sabem que o PS tem conseguido corresponder aos desafios que se colocam ao distrito,” explicou Pedro Nuno Santos.

Investimento na ferrovia

Quanto à ligação ferroviária Aveiro – Salamanca, reivindicada pelos empresários aveirenses, o ministro considera que “não faz sentido” para mercadorias, remetendo para a modernização da “linha da Beira Alta, com uma concordância na Pampilhosa, Mealhada” que “será o eixo ferroviário de transporte para mercadorias a Espanha”.

“A ligação Aveiro-Salamanca continua no corredor transatlântico europeu e é um objetivo que temos, depende de financiamento. É para transporte de passageiros. Misturar mercadorias, aí estamos a cometer um erro ou a revelar desconhecimento. Transportar mercadorias não pode ter muitos declives, o que torna o investimento excessivamente caro,” além disso, “a Alta Velocidade é cara de manter, com mercadorias há maior impacto na infraestrutura. O que é correto é transporte de mercadorias pela Beira Alta,” explica.

Sobre a Linha do Vouga, lembrou que vão avançar, em maio, obras no valor de 34 milhões de euros, para repor condições boas de circulação. “Não é o projeto que queremos fazer, maior, de 100 milhões, para corrigir traçado, eletrificar toda a linha, reposicionar algumas estações. Ninguém tinha feito nada. Nós estamos a fazer e já temos o dinheiro,” disse.

Plano rodoviário

Segundo o Ministro das Infraestruturas e da Habitação, há quatro projetos que “estiveram décadas à espera: ligação de Castelo de Paiva a Santa Maria da Feira (A32) em fase de projeto, não havia; a ligação de Arouca à A32 que está em obra, a de Sever do Vouga à A25 tem procedimentos em curso e dinheiro; e, por último, Aveiro-Águeda”.

“Vou ouvindo alguns políticos locais tentarem reivindicar a realização da estrada [A25], mas a verdade é que só vai ser feita porque há um Ministro das Infraestruturas do distrito que conseguiu incluir a estrada no PRR, finalmente vai-se fazer e por causa do PS. Temos muita gente a reivindicar obras, mas fomos nós que desbloqueámos,” argumentou.

Gestão da Ria

Pedro Nuno Santos concorda que a que a gestão do projeto de desassoreamento da Ria de Aveiro seja feita a nível local, desde que seja “integrada, que possa incluir a pateira, por exemplo”.

“Aí não há consenso, há quem ache a nível local que não deve haver uma gestão integrada. Isso é que seria um retrocesso. O PS votou um projeto de resolução do Bloco de Esquerda para criar um parque natural, é talvez a forma mais inteligente de ter uma gestão mais local e ao mesmo tempo integrada. Precisamos de uma gestão única, com um responsável, mas integrada,” justifica.

Já no plano ambiental, destaca a erosão costeira como “um desafio tremendo no distrito”, uma vez que “uma parte considerável do distrito é das mais afetadas, Ovar e Vagueira, são investimento muito significativos”. Nesse sentido, deixa a promessa de “intervir nas zonas populacionais ameaçadas” e continuar “a fazer essa luta”.

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