A construção do novo aeroporto de Lisboa foi um dos temas do debate entre Inês Sousa Real e António Costa. Segundo o Primeiro-Ministro, o Governo limitou-se a seguir a decisão tomada pelo Executivo anterior, e o projeto para o aeroporto do Montijo está, neste momento, a ser alvo de avaliação ambiental estratégica.

Contudo, para o PAN o mais indicado é aproveitar a Base Aérea de Beja e investir na ferrovia para colmatar a distância. Assim, na opinião do partido, seria possível salvaguardar as espécies protegidas no Montijo e promover a coesão territorial.

“Não podemos andar num dia a dizer que defendemos a coesão territorial, mas quando falamos em soluções que não só passam pelo aproveitamento daquilo que já existe, como é o caso da base de Beja, como também de levarmos essas soluções para o interior do país, aí sim já não é conveniente ou são soluções demasiado caras,” argumentou Inês Sousa Real, acrescentado que mais de 48% da população é contra o aeroporto situar-se nas áreas metropolitanas, citando uma sondagem da Universidade Católica.

A deputada do PAN lembrou ainda que “Portugal vai ser um dos países mais afetados pelas alterações climáticas” e os efeitos poderão ter repercussões no aeroporto da Margem Sul. “Daqui a 30 anos eu terei que fazer consigo uma visita, mas de galochas e impermeável, porque a zona [do aeroporto no Montijo] vai estar literalmente inundada,” afirmou durante o debate com o Primeiro-Ministro.

Quanto à ferrovia, o PAN propõe “ligar todas as capitais de distrito, através da ferrovia e criar ligações de alta velocidade para a Europa, até 2030”.