Apesar do fim da produção de energia a carvão ter sido agendado para 30 de novembro de 2021, o esgotamento de stock de carvão a 19 de novembro determinou o fim do processo na central do Pego.
Antes do encerramento, o Governo lançou, a 20 de setembro, o concurso público para atribuir o ponto de ligação à rede elétrica.
Segundo a nota divulgada pelo executivo, “o procedimento concorrencial terá como objeto a adjudicação de um projeto exclusivamente focado na produção de energia de fontes renováveis e na redução de emissões de gases com efeito de estufa”, acrescentando que o projeto “pode assumir várias formas: produção de eletricidade renovável, produção de gases renováveis, produção de combustíveis avançados e/ou sintéticos (ou um ‘mix’ destes), sendo ainda valorizada a inclusão de soluções de armazenamento de energia”, pode ler-se no documento.
“No concurso serão ainda privilegiadas propostas que se distingam ao nível da criação de valor económico para a região, que partilhem eletricidade renovável produzida com o município de Abrantes, financiem programas de formação e reconversão profissional, a manutenção dos postos de trabalho existentes e que impliquem um menor hiato temporal entre o término da atividade da atual Central a carvão e o novo projeto”, lê-se também no comunicado.
De acordo com a mesma fonte, o vencedor do concurso será obrigado a fixar a sua sede social no concelho de Abrantes e operacionalizar uma zona piloto destinada às novas tecnologias de Investigação e Desenvolvimento (I&D) de energias renováveis.
A Central Termoelétrica do Pego é o maior centro produtor nacional de energia, com uma potência instalada de 628 megawatts (MW) na central a carvão, e de 800 MW na central a gás, que prosseguirá em atividade, com contrato válido até 2035.