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Director de Informação
Se o Natal é “quando um homem quiser”, celebremo-lo quando convier!
O “Natal é em dezembro, mas em maio pode ser”, dizia Ary dos Santos em “As Palavras das Cantigas”, de 1984.
23 Dez 2021, 00:00

O Natal costuma ser aquele momento de reunião, mas se não for possível estarmos juntos, por causa da pandemia, o melhor é adiar!

A quinta vaga que chegou agora a Portugal está, uma vez mais, a trocar as voltas a toda a gente. Pela segunda vez consecutiva é preciso manter as precauções necessárias para não ficarmos infetados e não espalharmos a doença.

Como era de se prever, para esta altura do ano, o número de casos de infeção por Covid-19 está a aumentar (8937, em 22/12) e segundo Marta Temido, esperam-se que os números cresçam ainda mais.

O número de mortes (11, em 22/12/2021) está, por enquanto, controlado e abaixo dos números do ano passado (63, em 22/12/2020), não fossem as altas percentagens de vacinados no país e o cenário seria pior. No que se refere a internamentos hospitalares, embora estejam a subir (909, em 22/12/21), estão longe dos números do ano passado (3095, 22/12/20). Contudo, a pressão sobre o SNS está a aumentar e, segundo o Jornal Público, o maior número de internamentos refere-se a “doentes não-vacinados”.

O “Natal (é em setembro), é quando um homem quiser”

Citando Ary dos Santos, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião extraordinária do Conselho de Ministros, que decorreu na terça-feira (21/12), António Costa recomendou que as celebrações de Natal sejam com “pouca gente” e pediu aos portugueses que “efetuem testes antes das festividades”, sugerindo que “mantenham a máscara colocada o maior tempo que for possível”, durante as reuniões familiares, pedindo ainda que “evitem passar muito tempo em locais fechados e pouco arejados”.

“Se não der para juntar todas as famílias este ano… enfim, “o Natal é quando um homem quiser, havemos de nos encontrar um dia, mas não vai ser neste dia 25”

Todos sabemos que é difícil respeitar estas regras, é como quando temos um encontro  com um amigo num café ou restaurante, ou recebemos alguém na nossa casa. Nos primeiros minutos, hesitamos em tirar a máscara, entramos com ela colocada, não nos cumprimentamos e tentamos manter a distância até ao fim da primeira meia-hora de conversa.

A partir daí, entramos no modo de confiança, o nosso instinto defensivo baixa a guarda, tiramos a máscara para beber ou comer, a conversa continua e a confiança aumenta, não a colocamos mais (se o fizermos, quebra o ambiente) ou passamos álcool gel nas mãos até ao momento de ir embora, onde, já com a máscara, nos despedimos com aquele abraço fraterno (e há muito desejado), quebrando todas as distâncias protocolares.

Dois anos de pandemia e o vírus aparenta não dar sinais de trégua: quando se pensava que a vacinação estava a impedir a propagação da variante Delta, surge a Ómicron

Dois anos de pandemia e o vírus aparenta não dar sinais de trégua: quando se pensava que a vacinação estava a impedir a propagação da variante Delta, surge a Ómicron… Ou seja, não será este ano que vamos voltar a ter o tradicional jantar de Natal. Contudo, se o fizerem, façam o teste antes da grande reunião e…

Boas Festas, dentro do possível!

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