
A CDU vai a assinalar os 10 anos do início do pagamento da A22 (Via do Infante) com 10 ações espalhadas pelos municípios algarvios, a começar já amanhã (7/12).
Segundo o PCP Algarve as portagens “foram um fator de atraso ao desenvolvimento do Algarve, de agravamento da sinistralidade (parte do tráfego foi desviado para a EN125), perda de competitividade por parte das empresas na região e de empobrecimento das populações”. Para o partido comunistas, “o facto de a Via do Infante ter sido construída com dinheiros públicos e estar ao serviço da acumulação privada, torna ainda mais grave a conivência de sucessivos governos com esta situação,” dizem.
“Ao longo dos anos, nem as populações, nem a CDU se conformaram com esta decisão. A intensa luta, denúncia e proposta que foi desenvolvida, obrigou os últimos Governos do PS a reduzirem o valor das portagens, como aliás ficou consagrado no último Orçamento do Estado para 2021, em que a redução para 50% do valor das portagens foi imposta contra a vontade do PS. No entanto, os avanços que se alcançaram – os últimos entraram em vigor no passado dia 1 de julho – não resolveram em definitivo este problema”, continuam em comunicado.
Os comunistas terminam a mesma nota convidando aqueles “que não se cansam de acenar com as supostas virtudes das chamadas Parcerias Público Privadas” a “porem os olhos na Via do Infante e na EN 125, cujas obras estão paradas com o Estado a pagar dezenas de milhões de euros à concessionária” para constatarem “até onde a política de direita favorece os interesses dos grupos económicos em detrimento de toda uma região e da população que aqui vive e trabalha”, lamentam.
As ações de contestação às portagens da A22 acontecerão nos concelhos de Vila Real de Santo António, Tavira, Olhão, Faro, Loulé, Albufeira, Silves, Lagoa, Portimão e Lagos. O PCP promete que continuará a “intervir até que as portagens na Via do Infante sejam abolidas e até que a EN 125 seja integralmente requalificada”.






