
A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, anunciou esta semana a antecipação do fundo para a Transição Justa, para apoiar todas as empresas que invistam na criação de emprego no Médio Tejo. Uma medida para colmatar os efeitos do encerramento da Central Termoelétrica do Pego.
Segundo a ministra, este fundo será utilizado para investir no “futuro da indústria e da economia”, particularmente, nas energias renováveis, na economia circular, na biotecnologia ou noutras tecnologias limpas. “Estas são áreas que temos que abraçar porque elas criam emprego qualificado, elas garantem a sustentabilidade do desenvolvimento dos nossos territórios”, considera.
O ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Matos Fernandes, estima que serão “criados 600 a 700 postos de trabalho em função do aviso” através de “um conjunto de grandes projetos, da nova economia, alinhados com a digitalização e a descarbonização”. O governante anunciou ainda a criação, “a muito curto prazo”, de “uma zona livre tecnológica, dedicada à experimentação de novas tecnologias energéticas”.
Para atenuar o impacto económico do fecho da Central Termoelétrica do Pego, os trabalhadores desempregados após o encerramento da central irão receber formação compatível com os projetos selecionados para receber o financiamento do fundo para a Transição Justa, informou o mesmo.
Depois da primeira fase de apresentação de candidaturas, estas serão avaliadas, em janeiro, altura em que serão emitidos os segundos avisos para os projetos selecionados.
O Fundo para a Transição Justa conta com uma dotação total de 224 milhões de euros para atenuar os efeitos económicos em territórios afetados pelo encerramento de atividades no âmbito da descarbonização do país. A região do Médio Tejo poderá receber até 45 milhões de euros. O restante, será dividido pelo Centro Litoral (45 ME), Alentejo Litoral (74 ME), e pela Área Metropolitana do Porto (60 ME).






