A Fundação Gulbenkian e a empresa Efanor Investimentos vão investir em 15 mil hectares de floresta. Apesar do arrendamento de terrenos ser o principal objetivo da iniciativa, esta terá também em conta a redução do risco de incêndio, com a diversificação e combinação de espécies, criação de faixas de gestão de combustível e vigilância regular. 

“O projeto, caracterizado pelo investimento em Floresta Produtiva Biodiversa em Portugal, aposta numa gestão florestal mais eficiente, na promoção da biodiversidade e dos serviços de ecossistemas, no elevado sequestro de carbono, na diversificação da paisagem e na criação de mosaicos, por oposição à floresta contínua”, pode ler-se no comunicado lançado pela Fundação Calouste Gulbenkian. 

De forma a reduzir o risco de incêndio, o projeto vai plantar espécies como o pinheiro-bravo, sobreiro, carvalhos e o medronheiro.  

Segundo Isabel Mota, presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, o investimento “contribui ativamente para o importante compromisso assinado recentemente por 105 países na COP26 [cimeira mundial do clima], incluindo Portugal, para travar a desflorestação e deterioração do uso do solo até 2030”, referiu. Já o presidente da Efanor, Paulo Azevedo, espera “ter encontrado o modelo com retorno económico, ambiental e social para a floresta do centro e norte de Portugal”. 

A aposta na gestão florestal e na redução do risco de incêndio tem feito também parte das medidas adotadas pelo Governo, nomeadamente através de projetos como o “Cabras Sapadoras”, onde serão usados 12 mil animais, cabras e ovelhas,  para prevenir o risco de incêndios e gerir os terrenos florestais.