ORÇAMENTO REGIONAL DOS AÇORES PODE CHUMBAR ESTA SEMANA
O Governo Regional está dependente dos deputados da Iniciativa Liberal e do Chega. Ambos já apresentaram as suas condições para aprovar o Orçamento de dois mil milhões de euros.
Redação
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22 de Novembro 2021, 15:27
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O debate do Orçamento dos Açores para 2022 começa hoje (22/11) sob ameaças de chumbo. O Governo minoritário da coligação PSD/CDS-PP/PPM está dependente dos acordos parlamentares assinados com a Iniciativa Liberal (IL) e o Chega. No entanto, no início do mês, Nuno Barata, deputado da IL, ameaçou votar contra o Plano e Orçamento. Também André Ventura, líder nacional do Chega, pediu a semana passada ao deputado do seu partido que fizesse o mesmo.

A proposta de Orçamento para 2022 é de dois mil milhões de euros, com 800 milhões destinados ao investimento, e caso seja inviabilizado poderá resultar na dissolução do parlamento e realização de eleições legislativas regionais antecipadas, como aconteceu recentemente no Parlamento nacional.

José Pacheco, o único deputado do Chega/Açores, disse na sexta-feira (19/11) à comunicação social que está em negociações para viabilizar as contas. As condições do Chega prendem-se com a remodelação governativa, o aumento da fiscalização aos beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI), uma “solução definitiva” para que a companhia aérea açoriana SATA deixe de ser “sorvedouro de dinheiros públicos” e da criação de um gabinete anti-corrupção, entre outros aspetos. O deputado regional destacou a necessidade de o partido ser respeitado, considerando que “tudo” pode acontecer durante a votação prevista para esta quinta-feira (25/11), na cidade da Horta, ilha do Faial.

Para a IL o grande problema do Orçamento é o endividamento, que terá de baixar entre “15 a 20 milhões de euros” para contar com o voto favorável de Nuno Barata, confirmou o próprio à Lusa.

Apenas o deputado independente Carlos Furtado, eleito pelo Chega até perder a confiança da sede regional do partido, garante que irá “honrar” o seu “compromisso” com o Governo na votação do Orçamento.

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