METRO DE LISBOA: O REGRESSO A ARROIOS E A EXPANSÃO MILIONÁRIA
Depois de quatro anos à espera, os moradores de Arroios voltam a ter ligação ao metro. Mas este será apenas o início das novidades.
Redação
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15 de Setembro 2021, 10:12
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A estação de metro de Arroios reabriu, totalmente renovada, na terça-feira (14/09) depois de quatro anos em trabalhos de remodelação. Localizada na Praça do Chile e numa das freguesias mais populosas de Lisboa, o fim da empreitada, inicialmente prevista para 2019, era há muito esperada por comerciantes e moradores.

Com um investimento total de mais de 6 milhões de euros, foi ampliado o cais desta estação da Linha Verde, de 70 para 150 metros, deixando-a preparada para receber composições de seis carruagens e, assim, aumentar a velocidade do serviço. Além disso, foram renovados átrios, reorganizados espaços e, dos seus quatro acessos, dois receberam elevadores para aumentar a acessibilidade.

Mas a reabertura da estação será apenas uma das novidades esperadas para o metro da capital. No total, a cidade vai ganhar 1 900 metros de linha metropolitana.

O plano para a expansão do metro de Lisboa recebeu mais de 80 milhões de euros de Bruxelas. Está prevista a construção de uma linha amarela circular para ligar o Rato ao Cais do Sodré, com a abertura de duas novas estações no coração da cidade – Estrela e Santos.  

O prolongamento do metro é particularmente relevante devido à ligação aos comboios, barcosautocarros e metro no Cais do Sodré. Milhares de pessoas chegam, diariamente, a este ponto da cidade, provenientes de outras zonas da área metropolitana de Lisboa como os concelhos de Oeiras, Cascais, Almada, Seixal e Montijo. Será, igualmente, útil para as pessoas que utilizem as rotas Sintra/Azambuja e Sul/Setúbal para chegar a Entrecampos. Assim, a ligação entre o centro urbano e a periferia ficará melhorada.

Segundo o comunicado da Comissão Europeia (06/2020), as vantagens não ficam apenas por aqui: “Os trabalhadores pendulares, incluindo os que têm mobilidade reduzida, beneficiarão de um melhor acesso aos transportes públicos, tempos de viagem mais curtos, menos tempo de espera nas estações e menos transbordos entre modos de transporte. Um novo sistema de sinalização e dez novos comboios impulsionarão a eficiência e a segurança.” 

Elisa Ferreira, comissária europeia da Coesão e Reformas, reforça, no mesmo comunicado, a importância do projeto que “trará benefícios para a área metropolitana de Lisboa” com “ligações mais fáceis entre todos os modos de transporte público”. 

O projeto será igualmente positivo do ponto de vista ambiental, com previsões de redução do transporte automóvel em cerca de 25 milhões de passageiros-quilómetros. O consumo de energia e as emissões de CO2 também deverão diminuir, em cerca 5 000 toneladas por ano. 

A conclusão dos trabalhos está prevista para 2024 e tem um custo total estimado de 210 milhões de euros, sendo 83 milhões de euros comparticipados pela Comissão Europeia através do Fundo de Coesão, e do PO SEUR  (Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos). 

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