MINISTRO DO AMBIENTE DIZ QUE A COP26 DEVE RESULTAR “NUM LIVRO DE REGRAS COMPLETO”
João Pedro Matos Fernandes disse que a COP26 só terá resultados se resultar num livro de regras e ações concretas para cumprir o Acordo de Paris.
Redação
Texto
11 de Novembro 2021, 16:00
summary_large_image

Ao intervir na cimeira do clima da ONU (COP26), que decorre em Glasgow, o ministro do Ambiente e Ação Climática realçou que os compromissos até agora definidos para a redução de emissões e da poluição “não chegam e não são suficientemente rápidos”, uma vez que as medidas não evitam o aumento da temperatura global em 2,7 graus, valor que supera a meta dos 1,5 graus acordados em Paris. 

Na visão do governante, é necessária a aprovação de um “livro de regras” sobre o Acordo de Paris, mas também formalizar um consenso sobre as atualizações que decorrem de cinco em cinco anos das contribuições de todos os países para “sincronizar os compromissos nacionais com o ciclo de ambição de Paris”, acrescentando que se torna cada vez mais necessário terminar o mecanismo para transparência reforçada, através do qual os países podem “comunicar os seus progressos de forma comparável, quantificada e transparente”, referiu. 

Relativamente ao financiamento climático, o Ministro do Ambiente diz que o cumprimento do objetivo atual de 100 mil milhões de euros deve ser uma prioridade, uma vez que a mesma não foi cumprida em 2020, realçando que, da parte de Portugal, o compromisso é “dobrar até 2030. para 35 milhões de euros” a verba para financiamento climático, e continuar a apoiar especialmente os países lusófonos através do Fundo Ambiental. 

Nesse sentido, João Pedro Matos Fernandes afirmou que o Executivo português está a preparar um plano para adaptação, onde se inclui uma avaliação das vulnerabilidades do país e das medidas que devem ser tomadas ao longo das próximas décadas. 

  Comentários