DIA 2 DA COP26: HÁ QUATRO NOVOS ACORDOS PARA TRAVAR A CRISE CLIMÁTICA
Os líderes mundiais discutiram a redução das emissões de metano, produção de energias limpas a preços mais baixos, a desflorestação, e melhoria das ligações elétricas.
Redação
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3 de Novembro 2021, 16:25
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Ontem (02/11), no segundo dia da cimeira do clima, em Glasgow, os líderes mundiais assumiram novos compromissos para combater as alterações climáticas. Um dos principais envolveu mais de 100 países, incluindo Portugal, no compromisso para reduzir as emissões de metano em 30% até 2030, comparativamente com 2020.

O objetivo do “Compromisso Global do Metano” é fazer cumprir a limitação ao aquecimento global a 1,5ºC relativamente ao período pré-industrial, o valor acordado no Acordo de Paris. No total, os mais de 100 países signatários representam 70% do PIB mundial, e incluem alguns dos maiores emissores de metano – Estados Unidos, a União Europeia e o Brasil. De fora do acordo ficaram a Rússia, a China e a Índia.

Outra das medidas acordadas foi um plano para desenvolver energias limpas a preços mais baratos do que as atuais alternativas que envolvem combustíveis fósseis até 2030. Subscreveram o acordo mais de 40 países, incluindo a União Europeia, o Reino Unido, os EUA, a Índia, a Austrália e a China.

Nas palavras de Boris Johnson: “Ao tornar a tecnologia limpa e essa opção mais acessível e atrativa que o padrão nos setores mais poluentes, podemos efetivamente cortar as emissões em todo o mundo”.

Também até 2030 deve ser cumprido o acordo para travar a desflorestação. O compromisso foi assumido por mais de 100 líderes que representam cerca de 85% das florestas do mundo. Entre eles a República Democrática do Congo, a Indonésia, e o Brasil, país que tem levado a cabo uma desflorestação nos últimos anos.

Por último, o acordo “Iniciativa das Redes Verdes”, introduzido pelo Reino Unido e pela Índia, pretende melhorar as ligações entre as redes elétricas do mundo, para ajudar a acelerar a transição para uma energia mais verde. Este compromisso foi subscrito por 80 países e assenta nos princípios de cooperação e partilha de energias renováveis. As regiões com excesso de energia renovável poderão envia-las para áreas com défices. Por exemplo, os países com menos exposição solar poderão receber energia de outros que tenham capacidade suficiente para gerar eletricidade desta forma.

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