ALBUQUERQUE ACUSA GOVERNO: "ELES NÃO QUEREM SABER DA MADEIRA"
Segundo o presidente do Governo Regional, o chumbo do Orçamento do Estado foi “uma vitória para o país” e para a Madeira, cujas “reivindicações foram sucessivamente ignoradas”.
Redação
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29 de Outubro 2021, 11:30
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Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira, considerou “uma vitória do país não aprovar este Orçamento, nem manter este governo”. “Para a Madeira é um governo péssimo, nada foi cumprido, eles não querem saber da Madeira”, acusou o presidente do GR, ontem (28/10), durante um evento no Funchal.

Sobre o Orçamento da Região Autónoma da Madeira para 2022, o chefe do executivo insular garantiu que este será apresentado dentro do prazo previsto, debatido no parlamento regional de 14 e 17 de dezembro, e vai funcionar em duodécimos, ao nível dos fundos transferidos pelo Estado.

Apesar de reconhecer que terá “algumas dificuldades pontuais e técnicas”, explicou que “se for necessário” depois apresenta um “orçamento retificativo”. Na opinião de Albuquerque é “melhor funcionar em duodécimos do que levar o país à ruína” com a aprovação da proposta de OE22.

“Eu acho que o Orçamento não passar é uma vitória do país, porque estes últimos seis orçamentos foram péssimos. Aliás, basta olhar os indicadores do país para se perceber que com a esquerda a gente nunca cresce economicamente, vai entrando sempre ao ritmo e na senda da pobreza. Nós estamos a empobrecer diariamente face aos nossos parceiros europeus”, acrescentou.

Para o presidente do Governo Regional “algumas das reivindicações da região que foram sucessivamente ignoradas em sede do Orçamento do Estado, como o financiamento do novo hospital da Madeira (obra orçada em 340 milhões de euros), os encargos com os subsistemas de saúde do Estado que são pagos pela região, os impostos cobrados na Madeira que não são entregues à região, a mobilidade aérea e as ligações marítimas”, disse.

Por esse motivo, considera “melhor haver um novo governo para cumprir, pelo menos de uma forma clara, aquilo que dizem e aquilo que são os compromissos que assumem”.

Enquanto líder do PSD/Madeira, Albuquerque acredita que o partido pode apresentar-se como alternativa ao atual governo socialista, “se não fizerem muitas asneiras”. E assegurou que a direção do PSD/Madeira deu liberdade de voto aos militantes nas eleições diretas para presidente da Comissão Política Nacional, assumindo uma posição de “absoluta neutralidade”.

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