UE QUER UM CARREGADOR COMUM PARA DISPOSITIVOS ELETRÓNICOS
A ideia é poder carregar todos os dispositivos eletrónicos, incluído os smartphones, com o mesmo cabo. Assim, ganham os consumidores e o ambiente.
Redação
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22 de Outubro 2021, 12:40
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Antigamente, quando comprávamos um telemóvel, já sabíamos que além do dispositivo estávamos também a adquirir o respetivo carregador e, até, uns fones. Agora, os novos smartphones são vendidos, muitas vezes, sem o cabo. Mas segundo Anna Cavazzini, a presidente da Comissão da Proteção dos Consumidores do Parlamento Europeu (PE), isso pode não ser necessariamente mau.

“O Parlamento Europeu tem apelado, nos últimos 10 anos, (à criação de) uma norma, de modo a que não precisemos de (usar) vários cabos, mas apenas um”, explica em entrevista ao Parlamento Europeu em Portugal. A proposta apresentada pela Comissão Europeia, em setembro deste ano, pretende tornar o USB-C no carregador comum para smartphones e outros dispositivos móveis, como tabletes ou câmaras, de modo a reduzir o desperdício eletrónico.

Para os consumidores a grande vantagem será a facilidade de intercâmbio de cabos. Em vez de precisarem de vários cabos para carregar cada um dos seus dispositivos tecnológicos, passarão a utilizar apenas um, que será compatível com os diferentes aparelhos e smartphones de todas as marcas.

Por outro lado, “os resíduos eletrónicos são o fluxo de resíduos em mais rápido crescimento na UE. Se realmente quisermos implementar o Pacto Ecológico e reduzir o nosso uso dos recursos, precisamos de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance”, realça a eurodeputada. Caso a medida seja aprovada, contribuirá para a tendência de venda de dispositivos sem os cabos de carregamento, promovendo assim a sua reutilização.

Cavazzini espera que o Parlamento Europeu conclua os trabalhos, e chegue a um acordo com o Conselho de Ministros, até ao final de 2022. Depois disso, os Estados-Membros terão dois anos para implementar a lei.

No entanto, a presidente da Comissão da Proteção dos Consumidores alerta para algumas falhas na proposta da Comissão que, “inclui muitos dispositivos, mas, por exemplo, não [tem] os e-readers”.

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