João Gomes Cravinho, Ministro da Defesa Nacional, refere que Portugal deve fomentar as relações que tem com outras nações do Atlântico através do diálogo e cooperação. 

Segundo o governante, este “é um desafio ambicioso, mas oportuno. Nunca foi feito antes, mas os tempos que vivemos obrigam-nos a juntarmo-nos”, já que o contexto político, social e económico a nível global exige que os países “se adaptem e utilizem da melhor maneira possível as ferramentas que garantem relações pacíficas”, afirmou o Ministro durante a sua intervenção no seminário organizado pelo Centro do Atlântico. 

O “combate a atividades criminais e ilegais que minam a segurança e o bem-estar das populações”, os “potenciais impactos negativos da crescente rivalidade geopolítica” e a “gestão dos impactos humanos das alterações climáticas” são alguns dos desafios que, de acordo com João Cravinho, Portugal enfrenta nas suas relações de cooperação com outros países. 

O Ministro da Defesa Nacional menciona ainda que o investimento no Centro do Atlântico, em Lisboa, é um compromisso do Governo para “liderar o desenvolvimento de uma plataforma multilateral de diálogo e cooperação entre todas as nações atlânticas”, acrescentando que “é nossa responsabilidade utilizar da melhor maneira possível as relações boas, de longa data, que Portugal tem com todas as nações do Atlântico para promover o diálogo e a cooperação”, referiu. 

Com o Centro do Atlântico e iniciativas associadas ao mesmo, é possível: criar diálogo entre os Governos sobre a governação do Atlântico; a colaboração nos planos das instituições de investigação, para partilha de conhecimento e troca de ideias sobre o Atlântico; e a “criação de capacidades, por exemplo, na costa ocidental africana, para lidar com os problemas do mar nessa região”, diz o Governante. 

João Cravinho refere que a União Europeia (UE) já existe uma maior preocupação com a segurança marítima, uma vez que as “importações e exportações muitas vezes são transportadas por mar”. 

O Centro Atlântico foi lançado em 2019 e, atualmente, está a operar no Instituto de Defesa Nacional, em Lisboa, mas prevê-se que fique sediado na ilha da Terceira, nos Açores, já em 2022.