
Na cerimónia de instalação dos órgãos autárquicos, tomaram posse os 31 membros eleitos para a Assembleia Municipal de Faro, incluindo os quatro presidentes de juntas de freguesias do concelho: Bruno Lage (União das Freguesias de Faro); Virgínia Alpestana (Montenegro); José António Jerónimo (União de Freguesias de Conceição) e Sérgio Martins (Santa Bárbara de Nexe), e o presidente da Câmara Municipal reeleito pela coligação PSD/CDS-PP/IL/MPT/PPM, Unidos por Faro.
Rogério Bacalhau, a caminho do terceiro mandato como presidente da Câmara Municipal de Faro, pediu “mais celeridade nas decisões do Governo”, uma vez que há “oportunidades de desenvolvimento” que se perdem por ficar “moribundas no tampo de uma secretária em Lisboa”.
O autarca prometeu uma gestão “marcada pelo rigor e pela necessidade de ter boas contas”, sem que isso lhe tire “a ambição para os próximos quatro anos”, nomeadamente na “requalificação do espaço público, em particular as áreas verdes e levando qualidade e conforto às vias de circulação da cidade e freguesias”.
“Os projetos que temos estão maduros e foram minuciosa e demoradamente escrutinados por diversas entidades governamentais: a APA, a Docapesca, os Portos, a Marinha, o Parque Natural… todas elas já foram chamadas a pronunciar-se, algumas mais do que uma vez, sobre o que vamos fazer: no Quilómetro Cultural, na Fábrica da Cerveja, na Doca de Recreio e em todo o passeio que vai do Parque Ribeirinho até ao Largo de São Francisco”, continua.
O presidente da Câmara de Faro considera que “300 quilómetros de distância não justificam” os atrasos do governo. “Contam-se 3 anos desde que a Senhora Ministra do Mar aqui veio a Faro, num Dia da Cidade, comprometer-se com o andamento do plano de pormenor para o Cais Comercial. Um mandato passou, e entre mudanças governamentais e uma pandemia, tudo permanece sem despacho. E assim a cidade vai perdendo oportunidades de ouro para se chegar à frente como cidade náutica, com uma marina singular, que será simultaneamente centro de investigação e destino de investimento para público e privados, na transformação de uma parcela de território que parece esquecida, mas que encerra em si um potencial inacreditável”, lamenta.
Rogério Bacalhau assegura que “com ou sem as verbas prometidas pelo Governo”, as iniciativas de habitação social “não cairão”. “Através do respetivo Ministro, o Governo anunciou que por via do PRR iria financiar todas as estratégias locais de habitação. No nosso caso, o envelope financeiro prometido é superior a 28 milhões de euros, mas já sabemos que as palavras nem sempre têm correspondência em atos”, por isso, o autarca afirma estar a consultar a banca para financiar o investimento na habitação “que o concelho necessita e que ninguém faz há mais de 20 anos”.






