PEDRO NUNO SANTOS AFIRMA QUE O PSD NÃO É CONFIÁVEL PARA DEFENDER O SISTEMA DE PENSÕES
PSN falou à margem de um encontro com representantes da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal
Redação Leonino
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7 de Dezembro 2023, 08:32
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Pedro Nuno Santos, ex-ministro socialista, expressou desconfiança em relação à proposta apresentada pelo presidente do PSD, Luís Montenegro, durante o 41.º Congresso do partido. A proposta visava a criação de um rendimento mínimo de 820 euros para todos os pensionistas beneficiários do Complemento Solidário para Idosos.

Eles não são confiáveis para defender um sistema público de pensões em que não acreditam, e isso faz toda a diferença. Não tem que ver com o programa de ajustamento, mas sim com uma determinada conceção da sociedade, do papel do Estado e do sistema público de pensões”, afirmou Pedro Nuno Santos, à margem de um encontro com representantes da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal.

O ex-ministro socialista sublinhou a falta de esclarecimentos por parte do líder do PSD em relação à proposta, enfatizando a importância de apresentar as contas detalhadas para que a discussão seja conduzida “com seriedade”. Pedro Nuno Santos criticou a demora do PSD em explicar a proposta, manifestando dúvidas sobre o universo de beneficiários e o custo estimado, que poderia ultrapassar os 500 milhões de euros por ano.

Por outro lado, o ex-ministro das Infraestruturas considerou que, historicamente, o PSD “não tem a mesma adesão ao sistema de pensões” que o PS, recordando que, “ao longo dos anos”, a direita e particularmente o PSD apresentaram propostas de privatização do sistema de pensões.

Quanto à decisão sobre a localização do novo aeroporto, o ex-ministro afirmou que várias propostas terão de ser debatidas, defendendo um acordo mais amplo com diferentes forças partidárias. Sobre a privatização da TAP, Pedro Nuno Santos reiterou a necessidade de abrir o capital da companhia aérea a grupos de aviação e procurar parcerias, mas deixou os detalhes percentuais para negociação.

”Eu sempre defendi que o capital da TAP fosse aberto a grupos de aviação. A TAP não pode estar isolada no mercado global da aviação e deve procurar uma parceria, e esse trabalho vai ser feito. Relativamente à percentagem, deixaremos isso para a negociação”, disse, por fim.

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