
A GGND (Galp Gás Natural Distribuição) apresentou na passada sexta-feira (15/10) o primeiro projeto nacional de injeção de hidrogénio verde na rede de gás, o Green Pipeline Project.
Esta iniciativa piloto com hidrogénio Verde, 100% renovável, vai ser desenvolvida no Parque Industrial do Seixal, através de uma parceria da GGND com a empresa Gestene. A partir de janeiro de 2022 os primeiros 80 clientes residenciais, terciários e indústria já vão receber uma mistura de gás natural hidrogénico.
Segundo João Galamba, Secretário de Estado Adjunto e da Energia, em declarações à agência Lusa, “este projeto tem uma componente de aprendizagem e aquisição de conhecimento da maior importância para todas as empresas envolvidas que estão no país inteiro. Vai beneficiar a estratégia de descarbonização do país e é um projeto-piloto é local de âmbito e implicações de resultados nacionais e até internacionais. O que aqui for feito beneficiará não só Portugal, mas também outros países que também aprendem connosco”.
Inicialmente será injetado apenas 2% de hidrogénio na rede de gás natural, mas o plano é subir gradualmente esta percentagem até um máximo de 20% num período de dois anos.
Para o governante, o Green Pipeline, financiado pelo Fundo de Apoio à Inovação (FAI), é uma alternativa com “vantagens ambientais e económicas” porque permite substituir uma “importação cara e poluente por um recurso endógeno potencialmente mais barato”. Por isso, considera que a “vantagem deve ser assumida e aproveitada pelo nosso país”.
“A resposta do Governo a esta turbulência não é pôr em causa a transição energética, nem pensar se estamos a ir demasiado rápido. É ao contrário. Todos os problemas que temos devem-se apenas e só a ainda não termos as (energias) renováveis suficientes que nos permitiria protegermo-nos de toda esta tormenta. A nossa resposta à turbulência que vivemos hoje é muito simples: acelerar, acelerar, acelerar. Simplificar, desburocratizar e ajudar. A melhor resposta que o país pode dar, a médio/longo prazo, é ter o mais rapidamente possível o maior número de renováveis em todas as áreas no nosso setor energético e não apenas na eletricidade, mas também no setor do gás natural”, afirma.






