O grupo de portugueses que estavam retidos na Faixa de Gaza ultrapassaram, esta sexta-feira, a fronteira de Rafah, e encontram-se a caminho do Cairo, no Egito, que será o último destino antes de regressarem a Portugal adiantou o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

A retirada refere-se ao único filho sobrevivente da família do luso israelista, Ahmed Ashour, que viveu dias terríveis após ter perdido a sua mulher e dois dos três filhos num bombardeamento israelita na passada quarta-feira, dia 15 de novembro. As três vítimas mortais são Khan Yunis, 35 anos, e os filhos, de 12 e seis anos.

A família já era residente em Portugal desde 2014 e a retoma a Israel deveu-se por questões de saúde e no país teriam mais apoio familiar. Neste bombardeamento sobreviveu uma bebé, Nour, de apenas seis meses.

Esta tem sido uma operação com uma certa complexidade cuja saída do território deu-se pela fronteira de Rafah, que é atualmente utilizada para a saída de cidadãos estrangeiros de Gaza para o Egito. Segundo o MNE. “tratou-se de uma operação complexa levada a cabo pelas autoridades egípcias, em articulação com as autoridades israelitas”

Estes oito cidadãos serão repatriados, a partir do país africano, que ficará sob ‘responsabilidade’ do Estado Português que irá assegurar aos lesados alojamento e transporte para território nacional. A RTP1, informou ainda, que a saída aconteceu por volta das 10 horas da manhã desta sexta-feira.