
A cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos autárquicos realizada ontem (18/10) na União de Freguesias de Souto Santa Maria, Souto São Salvador e Gondomar tomou contornos inesperados que implicaram a intervenção da GNR.
O partido socialista foi o vencedor das últimas eleições autárquicas (52,45%), a 26 de setembro, elegendo cinco mandatos, mas a coligação Juntos por Guimarães (JpG), segunda força mais votada (42,50%), com quatro mandatos, apresentou uma lista à Assembleia de Freguesia. Foi na votação das listas que os problemas surgiram.
Segundo o jornal local Reflexo Digital, presente na cerimónia, foi repetido duas vezes que a lista A representava o PS, e lista B o Juntos por Guimarães. Apesar do PS ter um maior número de votantes, o resultado deu a vitória por um voto à Coligação Juntos por Guimarães, surpreendendo todos os presentes e instalando o caos.
O presidente da Junta da União de Freguesias, Fernando Cardoso, eleito pelo partido socialista, acabou por decidir repetir a eleição da lista por considerar que ainda que as informações relativas à votação tenham sido “repetidas duas vezes”, as listas “não estavam bem esclarecidas, os boletins de voto não estavam identificados”, disse ao jornal O Minho.
Eduardo Fernandes, cabeça de lista da Coligação à União de Freguesias, não concorda com a decisão e considera que “houve falta de liberdade, porque foi feita uma votação”.
“A votação não foi a que convinha ao senhor presidente da Junta. Exige que se faça outra votação com a qual não concordamos”, continua.
O JpG acabou por pedir a intervenção da GNR “porque se criou um ambiente intimidatório perante a pessoa que os socialistas identificaram que tinha votado na Coligação.”
“Há um sistema montado em que os membros do PS nem concebem que o Partido pode perder uma eleição, quando isso acontece, foi um erro”, acusa Eduardo Fernandes. “Não podemos votar até obtermos o resultado que eles querem”, continua.
Segundo o mesmo o “desrespeitando uma votação” será motivo para que o processo avance para tribunal.






