ANTÓNIO COSTA FALA PELA PRIMEIRA VEZ PÓS DEMISSÃO E ABRE O JOGO
Confessa que não gostou da ideia de ver os portugueses a enfrentar novas eleições, visto que vivem num momento de estabilidade
Redação EuroRegião
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10 de Novembro 2023, 18:41
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Após uma breve caminhada de mão dada com a sua esposa, António Costa dirigiu-se à sede do PS, no Largo do Rato, onde falou aos jornalistas pela primeira vez desde que anunciou a sua demissão. Esta aparição ocorreu após ouvir a decisão de Marcelo Rebelo de Sousa de marcar eleições para 10 de março do próximo ano, mantendo Costa à frente do Governo até a aprovação do Orçamento do Estado para 2024.

António Costa expressou a sua discordância com a decisão do Presidente da República, afirmando: “Obviamente, o PS está sempre pronto para eleições e respeita a decisão do Presidente da República. Foi uma escolha do próprio, visto que o Conselho de Estado não se pronunciou relativamente a essa proposta.”.

O ex-primeiro-ministro considerou que o país não merecia enfrentar novas eleições e destacou a importância de aproveitar a estabilidade existente, especialmente num contexto de incerteza internacional, liderado por alguém com vasta experiência governativa e prestígio internacional.

Questionado sobre o apoio a alguma candidatura à liderança do PS, António Costa não quis entrar em detalhes sobre a vida interna do partido, mas lançou críticas à oposição, afirmando que os dirigentes do PS superam o líder da oposição em experiência executiva e liderança.

Sobre João Galamba, ministro das Infraestruturas e arguido na investigação aos negócios do lítio e hidrogénio verde, António Costa indicou que estará presente nas audições sobre o Orçamento do Estado para 2024 na Assembleia da República, mas que o futuro do ministro será discutido com o Presidente da República.

Relativamente à Operação Influencer e à descoberta de cerca de 76 mil euros escondidos no gabinete do seu chefe de gabinete, Vítor Escária, António Costa afirmou que agiu prontamente ao demiti-lo assim que soube da situação. Sobre este caso, o advogado de Escária alegou que o dinheiro apreendido não está relacionado com o processo do lítio e hidrogénio. O novo chefe de gabinete é o major general Tiago Vasconcelos, anteriormente assessor militar de António Costa.

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