FIFA SUSPENDE PROVISORIAMENTE LUIS RUBIALES
Presidente da RFEF foi acusado de assédiar uma jogadora da seleção espanhola
Redação EuroRegião com LUSA
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27 de Agosto 2023, 10:44
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A FIFA anunciou hoje ter suspendido provisoriamente o presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Luis Rubiales, na sequência do polémico beijo à jogadora da seleção espanhola Jenni Hermoso.

“Decidimos suspender hoje provisoriamente Luis Rubiales de toda a atividade ligada ao futebol, nacional e internacionalmente”, anunciou a instância que gere o futebol mundial em comunicado, adiantando que a suspensão terá uma duração inicial de 90 dias.

No comunicado do Comité Disciplinar da FIFA, presidido pelo colombiano Jorge Ivan Palacio, a FIFA ordena ainda Luis Rubiales e outros dirigentes ligados à RFEF para não contactarem ou tentarem contactar a futebolista Jenni Hermoso.

A polémica no futebol espanhol surgiu no domingo passado, durante as comemorações do inédito título mundial por parte da seleção feminina espanhola, que derrotou na final, disputada em Sydney, a Inglaterra por 1-0, quando, na altura da entrega dos prémios, Rubiales beijou na boca Hermoso.

Seguiram-se inúmeras críticas ao sucedido, tendo Hermoso, depois de numa primeira versão ter dito que tudo ocorreu num momento de maior euforia, afirmado que não tinha consentido o beijo.

Depois de vários dias com muitas críticas por diversos setores da sociedade, a RFEF levou a cabo, na sexta-feira, uma Assembleia Geral Extraordinária, na qual era esperado o pedido de demissão de Rubiales, o que não veio a suceder, dando origem a um novo pico de contestação e extremado as posições, com as jogadoras a anunciarem não estarem disponíveis para representar a seleção enquanto os atuais dirigentes da RFEF se mantiverem nos cargos.

No dia anterior, quinta-feira, a FIFA tinha já aberto um inquérito disciplinar a Luís Rubiales devido ao beijo não consentido que deu à internacional Jenni Hermoso.

“Esses fatos podem constituir uma violação das alíneas 1 e 2 do artigo 13 do código disciplinar da FIFA”, justificou o organismo, aludindo ao facto de a conduta poder “prejudicar a dignidade ou integridade” de uma pessoa, em razão do seu sexo.

Fotografia por: Getty Images

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