Quando em 2017 o presidente da autarquia de Ponte de Sor, Hugo Hilário, se atreveu a organizar um evento aeronáutico, que tinha como objetivo primeiro, reforçar a posição estratégica do desenvolvimento regional do Alentejo, através do seu cluster emergente, que tinha um dos vértices do triangulo na cidade de Ponte de Sor, outro em Évora e o outro em Beja, poucos pensaram ser possível colocar o Portugal Air Summit entre os melhores do mundo.

As mais importantes individualidades da indústria aeronáutica têm já marcado na sua agenda o evento alentejano, que tem vindo a evoluir ano após ano, e que nem a pandemia, que provocou uma enorme incerteza no setor, impediu que no ano passado se realizasse, embora num formato híbrido, apenas com a presença física de oradores e alguns convidados, mas que foi um fórum muito importante de debate do presente e do futuro da indústria aeronáutica.

Numa altura em que a retoma da normalidade vai acontecendo, o Portugal Air Summit 2021 aí está para discutir um setor tão importante para o mundo, em geral, e para Portugal e o Alentejo, em particular.

O Alentejo mostra ao mundo que da terra ao ar tudo o que nos foi legado é preservado e melhorado

Bastaram apenas cinco anos para que neste canto do Alentejo, longe das rotas mediáticas dos eventos deste tipo, um certame se impusesse pela sua qualidade e pela capacidade de receber e organizar dos alentejanos, que percebem que a posição geográfica pouco conta, quando a qualidade impera.

Comecei por escrever, que o Portugal Air Summit, de Ponte de Sor fechava o círculo de excelência do Alentejo. Fecha, mas não acaba, pois através do que foi feito e do que hoje a humanidade sabe do Alentejo, esta região imensa, tem oportunidades infindáveis para todos os que queiram apostar no futuro. O Alentejo mostra ao mundo que da terra ao ar tudo o que nos foi legado é preservado e melhorado.

O Portugal Air Summit, a maior Cimeira no setor aeronáutico, defesa e espaço da Península Ibérica, regressa a Ponte de Sor para a sua quinta edição. De 13 a 17 de outubro, o Aeródromo Municipal de Ponte de Sor, localidade chave do cluster aeronáutico, voltou a receber algumas das entidades e personalidades mais relevantes da indústria, infraestruturas e serviços, para debaterem e analisarem o setor da aviação – tripulada e não tripulada -, aeronáutica, espaço e defesa.

Sob o tema central “Flying for a New Start”, a quinta edição do Portugal Air Summit (PAS), decorreu num formato híbrido – em resposta ao momento de saúde pública que ainda atravessamos –, reuniu novamente todos os atores da indústria aeroespacial em torno das últimas inovações tecnológicas e da discussão dos temas mais prementes da atualidade dos referidos setores.

Posso afirmar com toda a convicção que na aeronáutica, a Região Alentejo tem evoluído em dois sentidos: por um lado tem vindo a consolidar infraestruturas e projetos como os da Embraer e Mecachrome no espaço industrial de Évora, da Tekever e das Escolas de Aviação do aeródromo de Ponte de Sor, e, os projetos da MESA e da Hi Fly no Aeroporto de Beja; por outro lado tem vindo a acrescentar projetos e territórios como são exemplo o novo projeto industrial da Lauak em Grândola, o novo projeto do CEIIA (conceção e construção da aeronave ATL- 110) que terá impacto previsível no Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia, em Ponte de Sor e no Aeroporto de Beja e os novos projetos como sejam a Aceleradora de Empresas em Tecnologias Críticas e Mobilidade Inteligente da ADRAL e a instalação de uma escola de pilotos no Aeródromo de Évora.

Esta capacidade, instalada e prevista, é geradora de atratividade para novos projetos o que cria expectativas fortes num crescente contributo para a inovação aplicada e para a inovação cruzada considerando domínios como a mobilidade e as energias sustentáveis.

Por outro lado, a atração de talentos e promoção do emprego qualificado encontra, nesta fileira, um espaço de crescimento.

O Alentejo tem tudo o que de melhor há no Mundo…