A Infraestruturas de Portugal (IP) lançou um concurso internacional para a “quadruplicação da Linha de Cintura”, entre as estações Roma-Areeiro e Braço de Prata, “modernização da Linha do Norte”, do Braço de Prata a Sacavém”, e o respetivo estudo do impacto ambiental. Segundo os planos, a ferrovia será utilizada quase como uma linha de metro de grande capacidade, e com ligação com os serviços suburbanos.
Novas Ligações
Gare do Oriente será o palco das maiores mudanças, esta que já era a estação ferroviária mais importante da capital, vai crescer em tamanho e em ligações. A estação será prolongada até ao atual terminal rodoviário e vai ganhar três linhas novas (passam de 8 para 11).
Entre elas está a linha para esta estação com os comboios da Fertagus provenientes de Setúbal e Coina. Estes comboios, que fazem a ligação entre a margem sul do Tejo e o centro de Lisboa, terminam na estação Roma-Areeiro, mas, no futuro vão poder ir até Gare do Oriente, facilitando o trajeto entre a Margem Sul e a zona do Parque das Nações, de onde partem os comboios de longo curso, e que fica a poucos minutos do aeroporto.
A ligação até Cascais é outra novidade. Até 2029 está prevista a criação um túnel ferroviário “de pouca extensão” que vai unir a Linha de Cascais à Linha de Cintura, passando por Campolide, Sete Rios, Entrecampos, e Avenida de Roma, até chegar a Gare do Oriente. Para isso, a atual estação Alcântara-Terra deverá desaparecer, dando lugar a uma nova estação, subterrânea e “tipo metro”, com uma concordância à Linha de Cascais.
Nova estação
Lisboa também vai ganhar uma estação, que até já estava em projeto há bastante tempo. O concurso prevê a construção da estação ferroviária Chelas-Olaias, com ligação para o metro. Já em 1998, quando o metro chegou a Olaias, estava nos planos construir uma estação de comboios naquela zona. Agora, o projeto está finalmente perto de se tornar realidade. Além disso, serão construídos uma nova estação em Braço de Prata e um novo apeadeiro em Marvila.
Serviços melhores e mais rápidos
O projeto inclui ainda duplicar a frequência, nas horas de maior procura, dos comboios da Linha de Sintra; e criação de condições para novos serviços de alta velocidade, entre Lisboa e Porto que poderão fazer a ligação entre as duas cidades num hora e quinze minutos, já em 2030.
