A ARCAS, uma ferramenta digital que vai permitir desenvolver a sustentabilidade e eficiência energética das habitações socias. O projeto está a ser desenvolvido pela Escola de Engenharia da Universidade do Minho (EEUM), em parceria com cinco entidades europeias, e vai ser testado em Braga. 

A iniciativa engloba metodologias de avaliação e projeto, tendo por base a reabilitação de zonas urbanas e energias renováveis. Assim, até agora, o projeto ARCAS propôs a reestruturação de edifícios existentes, passando pela melhoria da eficiência energética das habitações. A ferramenta, através das tecnologias de machine learning, permite diagnosticar o estado das habitações e realizar um plano de reabilitação dos edifícios. 

“Queremos ajudar os governos nacionais, regionais e locais na reabilitação energética de bairros sociais e de edifícios de habitação coletiva, através da criação de uma ferramenta com indicadores-chave e as melhores técnicas ao dispor que permita maximizar a arquitetura energética, promovendo assim a eficiência, a qualidade do ar e o bem-estar social”, explica Manuela Almeida, professora do Departamento de Engenharia Civil da EEUM e investigadora do Instituto de Sustentabilidade e Inovação em Estruturas de Engenharia (ISISE). 

A equipa da ARCAS pretende que a ferramenta seja utilizada por entidades públicas e associações profissionais do sudoeste europeu, sendo passível de adaptação a diferentes contextos e regiões. 

A iniciativa conta com a intervenção da Fundación de Estudios sobre la Edificación de Asturias, o Governo de Cantábria, a Universidade do País Basco, a Universidade La Rochelle e a Plataforma Tecnológica e Inovadora para a Eficiência Ambiental. O projeto terá, até 2023, um apoio de 1.3 milhões de euros do Programa Interreg, inserido no Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).