JOVENS ATIVISTAS PROTESTAM CONTRA ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
Marchas ocorreram hoje em Lisboa
Redação EuroRegião com LUSA
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3 de Março 2023, 15:49
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Centenas de jovens iniciaram cerca das 11:00 de hoje uma marcha de protesto em Lisboa contra a inação do Governo em relação às alterações climáticas, gritando palavras de ordem como “Mudar o sistema, não o clima”.

Estudantes em várias cidades portuguesas manifestam-se para alertar para o aquecimento global e para a necessidade de serem tomadas ações para o travar, iniciativas que decorrem em todo o mundo e se inserem no movimento “Fridays for Future”, iniciado pela jovem sueca Greta Thunberg.

Em Portugal, numa organização do movimento “Greve Climática Estudantil”, os jovens exigem o fim dos combustíveis fósseis até 2030 e energia 100% renovável e acessível para todas as pessoas até 2025.

Os jovens ativistas seguram cartazes com frases como “Fim ao Gás”, “Fim ao Fóssil” e “A nossa casa está a arder”.

Na frente da marcha, os jovens exibem uma faixa com a frase “até 2025 acessível energia 100% renovável”.

Dinis Costa, um dos ativistas que participa na manifestação, acusou as empresas petrolíferas de terem “lucros recorde” ao mesmo tempo que fazem aumentar o custo de vida das pessoas.

“A inatividade do Governo está a levar-nos ao colapso. Para que haja o fim dos combustíveis fósseis até 2030 teremos de ser nós a pagá-los”, disse o jovem.

Lembrando as ocupações de escolas do ano passado, Dinis Costa reafirmou que a partir de 26 de abril vão voltar as ocupações de estabelecimentos de ensino e apelou a toda a sociedade para que se junte a esses protestos.

O fim dos combustíveis fósseis até 2030 e energia 100% renovável e acessível para todas as pessoas até 2025 foram o mote da manifestação pelo clima que hoje juntou centenas de jovens em Lisboa.

Convocada pelo movimento internacional “Fridays for Future” e organizada em Lisboa pelos ativistas do movimento “Greve Climática Estudantil”, a marcha de hoje levou os jovens à porta de vários estabelecimentos de ensino, mas também à porta da sede da empresa Redes Energéticas Nacionais (REN), sempre com a exigência de se parar o uso de combustíveis fósseis.

Ideal Maia, estudante de Física na Faculdade de Ciências e porta-voz da iniciativa, explicou à Lusa que o objetivo da marcha foi o de mobilizar a sociedade para o fim dos combustíveis fósseis até 2030 e pela eletricidade 100% renovável e acessível até 2025.

“Já ocupamos as nossas escolas em novembro e o Governo continua a ignorar o nosso apelo, continua a proteger os interesses privados das empresas, à frente das nossas vidas. Não é preciso apenas estudantes, vai ser preciso toda a sociedade mobilizar-se e lutar connosco”, afirmou.

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