PUTIN MANDA BOCA AO OCIDENTE: "QUER ACABAR COM A RÚSSIA!"
Presidente russo também anunciou a sua reeleição
Redação EuroRegião com LUSA
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21 de Fevereiro 2023, 12:29
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O Presidente russo, Vladimir Putin, admitiu hoje concorrer a uma reeleição nas presidenciais de 2024 durante o seu discurso sobre o Estado da Nação feito no parlamento.

“Quero enfatizar que as eleições, tanto as locais quanto as regionais, em setembro deste ano, e as presidenciais, em 2024, vão acontecer em estrita conformidade com a lei, respeitando todos os procedimentos democráticos constitucionais”, afirmou Putin.

Dirigindo-se às duas câmaras do parlamento pela primeira vez em quase dois anos, Putin referiu-se à controversa reforma constitucional de 2020, que lhe permitirá concorrer à reeleição em 2024 e 2030.

Putin, de 70 anos, chegou ao poder em 2000, foi reeleito em 2004, serviu quatro anos como primeiro-ministro, voltou à presidência russa (Kremlin) em 2012 e foi reeleito novamente em 2018.

Alguns analistas apontam que, em caso de derrota na “campanha militar” na Ucrânia ou de declaração da lei marcial, as eleições presidenciais podem ser adiadas indefinidamente.

O líder da oposição russa, Alexei Navalny, que está preso há vários anos, garantiu na segunda-feira que a Rússia está a sofrer uma “derrota militar” na Ucrânia e apresentou um programa político para um período pós-guerra sem Putin.

Navalny, que cumpre nove anos de prisão, defendeu que “a ditadura” de Putin “deve ser desmontada” nas urnas.

O dia escolhido para o discurso coincide com a data em que Vladimir Putin assinou o reconhecimento da independência das repúblicas separatistas de Lugansk e de Donetsk, na região do Donbass (leste ucraniano).

O dia escolhido pelo Presidente russo para fazer o seu discurso assinala o primeiro aniversário da mobilização do Exército russo para “manutenção da paz” nos territórios separatistas pró-russos no leste da Ucrânia, um prelúdio para o início da ofensiva militar contra a Ucrânia que aconteceria três dias depois.

O Presidente russo, Vladimir Putin, acusou hoje o Ocidente de querer impor à Rússia uma “derrota estratégica” na Ucrânia e acabar com o país “de uma vez por todas”.

“[Eles] querem acabar com ela [com a Rússia] de uma vez e para sempre”, disse Putin durante o seu discurso sobre o Estado da Nação às duas câmaras do Parlamento.

O discurso, primeiro sobre o Estado da Nação feito por Putin em quase dois anos, acontece três dias antes de ser assinalado o primeiro aniversário da ofensiva militar russa na Ucrânia, iniciada na madrugada de 24 de fevereiro de 2022.

O Kremlin não permitiu que meios de comunicação social de países considerados como “inimigos” obtivessem acreditação para fazer a cobertura mediática do discurso.

O dia escolhido para o discurso coincide com a data em que Vladimir Putin assinou o reconhecimento da independência das repúblicas separatistas de Lugansk e de Donetsk, na região do Donbass (leste ucraniano).

Nesse mesmo dia, 21 de fevereiro de 2022, Putin ordenou a mobilização do Exército russo para “manutenção da paz” nos territórios separatistas pró-russos no leste da Ucrânia, um prelúdio para o início da ofensiva militar contra a Ucrânia que aconteceria poucos dias depois.

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