A Junta de Freguesia do Mosteiro, na Ilha das Flores, Arquipélago dos Açores, é a autarquia do país com menos eleitores inscritos. São apenas 26 as pessoas recenseadas nesta freguesia e, por isso, só eram precisos três votos, equivalentes a 10% dos inscritos, para que o plenário de cidadãos fosse válido.
Mas no plenário, que aconteceu precisamente uma semana depois das eleições (03/10), “entraram na urna sete votos”, disse Isabel Tenente, reeleita por um movimento independente para um terceiro e último mandato, à Lusa.
Apesar de serem votos suficientes para a eleição continua a ser um número bastante reduzido, algo que a autarca justifica com o facto de não terem havido mais candidatos. “Se tivesse havido mais alguma lista, se calhar, à partida, tinham aparecido mais pessoas (…) Estou a ver que daqui a quatro anos, da maneira que as coisas estão, não vai aparecer ninguém”, lamenta.
Quanto aos projetos para o mandato, Isabel Tenente considera que não tem “nada de muito avultado” para resolver. “É necessário fazer um reforço e a manutenção do abastecimento de água à lavoura”, lembra. Além disso, quer melhorar a atividade pecuária através de pequenas obras, e até abrir um museu, mas como é “uma freguesia muito pequena, a nível social não há nada de importante”, considera.
Esta é uma das cinco freguesias da Ilha das Flores com menos de 150 eleitores e é pratica comum a eleição para a autarquia local decorrer em plenário de cidadãos.