ALGARVE INTEGRA ZONA INFESTADA POR INSETO AFRICANO
A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária atualizou a zona infestada pela Trioza erytreae. A presença do inseto africado foi detetada em Rogil, no Algarve.
Redação
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11 de Outubro 2021, 15:31
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O Trioza erytreae é um inseto picador-sugador, originário da África subsaariana, que além de provocar estragos nos citrinos, é vetor do Citrus greening, considerada a ameaça mais grave para estas espécies vegetais, a nível mundial. Esta doença é provocada pela bactéria Candidatus liberibacter, e a sua entrada no continente europeu está a tentar ser evitada pelas entidades responsáveis. 

Após ter sido detetada a presença da psila africana Trioza erytreae no Algarve, a Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) alargou a zona infetada pelo inseto. Além disso, a Direção Regional de Agricultura e Pesca do Algarve (DRAP Algarve) efetou uma largada do parasitóide Tamarixia dryi na região. Segundo a entidade, este parasitoide “tem revelado elevadas taxas de parasitismo, sendo considerado como um potencial organismo na aplicação da luta biológica contra esta importante praga da cultura dos citrinos”, refere em comunicado. 

No âmbito da agricultura, a Associação ambientalista Zero alertou hoje (11.10) para o impacto do uso de fertilizantes agrícolas. Em comunicado, a associação afirma que o uso excessivo de fertilizantes “poderá continuar a ser uma fonte de contaminação difusa para o solo e para as massas de água superficiais e subterrâneas”, acrescentando ainda – com base numa análise do Instituto Nacional de Estatística – que apesar de Portugal ter registado um menor consumo de fertilizantes minerais em 2019, como o azoto e o fósforo, na União Europeia (UE) o uso destes produtos aumentou 2,7% no mesmo ano. 

De acordo com a associação ambientalista, o uso excessivo de fertilizantes com azote está associado a emissões de amoníaco e óxido nitrosos, elementos com um efeito de estufa 298 vezes superior ao dióxido de carbono, mas também à poluição das águas.  

A Zero destaca ainda a necessidade do setor agrícola português realizar uma “modernização sustentável da produção alimentar”, combatendo também a dependência de fertilizantes minerais. 

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